Feito
ao custo de R$ 30 milhões e entregue em dezembro de 2015, como forma de evitar
o colapso de abastecimento do Projeto Senador Nilo Coelho, o Canal de Irrigação
que é abastecido por um conjunto de bombas flutuantes em Petrolina já tem
trechos destruídos pela ação do tempo, devido a baixíssima qualidade na
construção e às chuvas que caíram na região do Sertão.
O sistema foi construído para
permitir a captação da água do Rio São Francisco no próprio leito, livrando o
Nilo Coelho do risco de colapso que vive desde o começo de novembro, quando a
vazão da Barragem de Sobradinho chegou ao mais baixo nível, atingindo a cota
380, que, tecnicamente, seria o limite mínimo para abastecer o complexo
agroindustrial.
O Projeto Nilo Coelho retira,
em média, 14 m³/seg. do Rio São Francisco e o novo sistema de flutuantes
poderia transportar até 6 m³/seg. A obra foi realizada pela Sanit, mesma
empresa que fez o sistema flutuante do sistema Cantareira de São Paulo, num
prazo de 90 dias de trabalho, devido à perspectiva de colapso de abastecimento
do maior projeto de agricultura irrigada do Nordeste.
As
outras bombas do Sistema Cantareira aliás, forma trazidas para Pernambuco para
antecipar a irrigação do projeto da Transposição. A empresa foi contratada
exatamente pela capacidade de fazer obras em tempo recorde. Mas o sistema de
Petrolina já está quase todo destruído. O que surpreende é que o canal
construído a “toque de caixa” pela construtora de forma a que em 2016 o Nilo
Coelho não entrasse em colapso não aguentou um inverno. Já existe trecho onde a
concretagem simplesmente foi embora pela má compactação do solo.
O Distrito de Irrigação do
Projeto Nilo Coelho em Petrolina é quem está encarregado de cuidar das bombas e
dos canal que alimenta o sistema alternativo de irrigação. Essa obra foi
inaugurada em 15 de dezembro de 2015 com a presença do ministro da Integração
Nacional, Gilberto Occhi e o presidente da Codevasf, Felipe Mendes de Oliveira.
Occhi hoje é quem preside a Caixa Economia Federal. Foi à primeira vez no
governo Dilma Rousseff que uma obra do setor público será entregue no prazo e
com os preços sem alterações. Mas parece que a pressa e má qualidade da
construção mantiveram as regras de irresponsabilidade na construção de obra
público.
O sistema de captação de
flutuantes atenderia a 18 mil hectares irrigados no projeto secou. Mas a
perspectiva de que, a partir de agora, as vazões no Nordeste estarão noutros
patamares tomou necessário o sistema de flutuantes, que funcionará como um
seguro. O novo sistema de captação no leito do rio tem mais de um quilômetro de
tomada d’água e transfere para um novo canal, que, por sua vez, abasteceria o
sistema definitivo do projeto. (Via: Blog JC Negócios - Fernando Castilho)
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