Prefeitura explicou em nota que quadro de vulnerabilidade
gerou valor do benefício, agora recebido pela esposa
A Prefeitura Municipal de Serra
Talhada emitiu nota ao blog do Nill Júnior em resposta à matéria intitulada “Em
Serra Talhada, beneficiário do Bolsa Família recebeu R$ 52 mil em quatro anos”.
O caso tratava do beneficiário Reginaldo Gomes Pacífico, que, por média,
recebeu até 2006 mais de um salário mínimo mensal. O blog buscou ouvir a
prefeitura.
“O beneficiário do qual trata a matéria em questão, durante o
período em que recebeu o beneficio, não cometeu qualquer ilícito ou irregularidade
relativa ao programa do governo federal”, diz a prefeitura.
A explicação está no perfil e do beneficiário e número
e de filhos. “O valor verificado é referente à modalidade do beneficio a
que têm direito todos os usuários do programa cuja condição socioeconômica é
semelhante a do senhor Reginaldo Gomes Pacifico”. Segundo a coordenação do
programa, ele é agricultor familiar assentado, pai de 18 filhos, e responsável
pelo sustento de uma família de cerca de 20 pessoas.
“Para adquirir o valor que recebeu mensalmente, e que está
disponível nas ferramentas de transparência do município, o usuário comprovou
viver em situação abaixo a linha da pobreza, com renda per capita de R$ 16,00
(dezesseis reais), não sendo identificada qualquer irregularidade, mas, uma
situação em que os programas sociais como o Bolsa Família são a base de
sustentação de inúmeras famílias que ainda vivem em situação de extrema
pobreza”.
Segue a nota: “Reiteramos ainda que o benefício da referida
família não foi cortado pelo governo federal no ano de 2016, como insinua a
matéria. A titularidade do cadastro foi transferida para Francinete Rodrigues
da Silva, esposa de Reginaldo Gomes Pacífico, sendo ela a atual
responsável legal, uma vez que os programas sociais são cadastrados sob o mesmo
código familiar. Desta forma, a família continua beneficiária do Programa Bolsa
Família, tendo, apenas, sido transferida a titularidade do cadastro”.
Ao final, coloca-se à disposição da imprensa para conhecer a
realidade desta e de outras famílias “que ainda dependem de programas sociais
para viver, tendo o direito básico de, ao menos, fazer as três refeições
diárias”.
Blog: O Povo com a Notícia