Quando o PT vem com o milho da
promessa de barulho no depoimento de Lula em Curitiba, Sergio Moro já está
voltando com o milho da condenação de Eduardo Cunha. Trinta e quatro dias antes
do interrogatório do pajé da tribo petista, marcado para 3 de maio, o juiz da
Lava Jato esvaziou o discurso da perseguição política levando à bandeja o
escalpo de Cunha, um ex-aliado que o petismo expõe no seu mostruário como
protótipo de vilão.
Cunha é uma espécie de degrau que leva Moro a Lula. Na
sentença do ex-mandachuva da Câmara, o algoz da oligarquia política anotou a
senha: ''A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por
conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver
ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada
confiança que o povo nele depositou para obter ganho próprio.''
Se é condenável usurpar a confiança do eleitor a partir de um
mandato parlamentar, imagine-se a gravidade da ofensa praticada por alguém que
planta bananeira na poltrona de presidente da República. Cunha amargou 15 anos
e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula deve arrostar cana
mais amena, sem o castigo pela evasão de divisas.
Ao preparar as manifestações que gritarão na porta da Justiça
Federal de Curitiba que Lula é o “heroi do povo brasileiro”, o PT e os
movimentos sociais tentam atrair Sergio Moro para uma briga de rua. Ao condenar
Cunha antes de espremer Lula, o magistrado de Curitiba informa que prefere
jogar xadrez. A condenação do rival do petismo é prenúncio da sentença do
ex-mito do PT. (Via: Blog do Josias de Souza)
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