Relator do processo que pode
resultar na cassação do mandato de Michel Temer e na inelegilidade de Dilma
Rousseff, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, se equipa
para divulgar o seu voto nos próximos dias. Deve-se a corrida contra o relógio
à tentativa do relator de se contrapor às manobras do Palácio do Planalto para
retardar o julgamento. O governo dá de barato que a posição de Benjamin será a
favor da interrupção do mandato do presidente.
Os operadores políticos do governo se movem com a sutileza de
uma manada de elefantes. Levam o pé ao freio para permitir que Temer interfira
no colegiado que irá julgá-lo. Dois ministros estão na bica de deixar o
tribunal. Henrique Neves sairá em 16 de abril. Luciana Lóssio, em 5 de maio.
Conforme já noticiado aqui,
Temer indicará como substitutos, respectivamente, os advogados Admar Gonzaga e
Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.
O relator Benjamin prefere abrir o julgamento com a
composição atual do TSE, oferecendo aos ministros que vão embora a oportunidade
de acompanhá-lo em seu voto. Por mal dos pecados, a data da saída de Henrique
Neves cairá no Domingo de Páscoa. Que será precedido do feriado da Sexta-feira
Santa (14/04). Não é negligenciável a hipótese de o TSE enforcar a semana. Daí
a pressa de Benjamin.
Depois de pronto, o voto do relator vai à mesa do presidente
do TSE, ministro Gilmar Mendes, a quem cabe marcar a data para o início do
julgamento. Gilmar é, hoje, um dos principais conselheiros de Temer. (Via: Blog do Josias de Souza)
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