Manifestantes fizeram uma
caminhada, neste domingo (26), pela Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife,
para protestar contra a corrupção no Congresso e também a favor do fim do foro
privilegiado. Convocada pelo Movimento Vem Pra Rua, a manifestação teve início
por volta das 10h e reuniu pessoas vestidas de verde e amarelo para criticar a
atual situação política no país e demonstrar apoio à Operação Lava Jato. O ato
foi encerrado às 12h30.
De acordo com estimativa do próprio movimento, a passeata
reuniu cerca de 5.500 pessoas. A Polícia Militar (PM) acompanhou o ato, mas sua
assessoria de comunicação não divulgou estimativa do número de participantes.
Além de defender a manutenção da Operação Lava Jato, o
movimento prega o fim do foro privilegiado e é contrário à anistia do Caixa 2 e
à lista fechada, modalidade considerada antidemocrática pela porta-voz do
movimento, Maria Dulce Sampaio. "Com a lista fechada, o eleitor vai votar
numa lista elaborada pelo próprio partido, o que vai favorecer a continuidade
da corrupção no poder", argumenta a economista.
Acompanhando o trio elétrico e
dançando frevo com uma orquestra que seguia a passeata, a dona de casa Regina
Carvalho decidiu participar da caminhada para demonstrar seu descontentamento
com o atual cenário político. "Achei que com a saída de Dilma, a situação
iria melhorar, mas no governo Temer, a corrupção continua. Ele está deixando os
'ladrões' roubarem também", diz, referindo-se aos parlamentares e outros
atores políticos que atuam no Congresso.
Depois de ter defendido o impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff, o movimento, atualmente, não demonstra satisfação com o atual
governo do presidente Michel Temer. "A maioria dos que estão lá ainda são
reminiscentes de um esquema de corrupção iniciado há algumas décadas",
comenta Maria Dulce.
Quem participou da manifestação
decidiu iràs ruas para tentar combater a impunidade no país. "É preciso
prender todos os envolvidos na Lava Jato, porque até hoje ninguém foi punido.
Estou cansado disso", diz o administrador William Lyra, que também
demonstrou contrariedade ao projeto da reforma da Previdência.
A organização do movimento, no entanto, não tem um
posicionamento concreto a respeito da reforma ou sobre a recente discussão
sobre a terceirização de trabalhadores no Congresso. "Sabemos que a
Previdência precisa de reforma, mas ainda não temos um pronunciamento em
detalhes porque é uma peça que está sendo constantemente modificada, mas
esperamos que ela seja feita para melhorar a vida dos brasileiros",
comenta Matia Dulce. (Via: G1 PE)
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