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A política brasileira vive uma
realidade de ópera-bufa. Mas o desfecho pode ser de tragédia. O país assiste a
três atos da ópera-bufa: o nariz de palhaço que o Lula aplicou em si mesmo ao
desqualificar as revelações devastadoras de Antonio Palocci, a indignação do
Senado com o recolhimento domiciliar noturno que o STF impôs a Aécio Neves e o
desinteresse da Câmara pela investigação de Michel Temer e a organização
criminosa que a Procuradoria vê ao seu redor.
O excesso de imoralidade parece ter anestesiado a sociedade. E o sistema
político aproveita para cultivar o insolúvel como uma flor do lodo. Num
instante em que o Brasil vai a pique, a Câmara aprovou a medida provisória que
garantiu foro privilegiado a Moreira Franco, um dos ministros denunciados junto
com Temer. E o Senado gasta suas melhores energias para aprovar o fundo que
derramará verbas públicas nas campanhas eleitorais sem cortar gastos.
A tragédia que pode surgir no fim de tantos atos burlescos é o descaso do
eleitor brasileiro. A essa altura, seria uma irresponsabilidade desancar os
políticos e poupar os eleitores. Chegou a hora de parar de tratar a política
como um conto do vigário no qual o país cai a cada quatro anos. O trágico só
será evitado se você tratar a eleição de 2018 como oportunidade para um acerto
de contas. No foro privilegiado da urna, o juiz é você. É a hora em que o
brasileiro de bem pode impedir que o político pilhado com os bens continue se
dando bem.
Blog: O Povo com a Notícia