Investigação da Secretaria
Executiva de Ressocialização (Seres) descobriu que 11 funcionários recebiam
salários mensalmente, entre janeiro de 2010 e janeiro de 2013, mantinham o
vínculo trabalhista, mas não compareciam ao local de trabalho para exercer suas
atividades. O caso foi encaminhado para apuração da Polícia Civil de
Pernambuco.
A sindicância administrativa apurou se houve negligência dos gestores da
Seres quanto ao pagamento de salários aos funcionários fantasmas. No total, R$
227.620,63 foram retirados dos cofres públicos e pagos às 11 pessoas
contratadas.
O Ronda JC teve acesso
ao relatório final da investigação interna. A pasta concluiu que “a
irregularidade foi cometida devido à falta de controle por parte dos gestores
setoriais, que deveriam ter adotado providências administrativas imediatas,
infringindo ao que dispõe o dispositivo legal”.
A Seres é a pasta estadual responsável por comandar o sistema prisional de
Pernambuco.
Uma cópia do relatório da sindicância foi encaminhada à Corregedoria da
Secretaria de Defesa Social (SDS), que deve instaurar inquérito em desfavor dos
gestores apontados na investigação. Ao final, eles podem ser punidos
administrativamente.
Também foi repassada uma cópia para a Delegacia de Crimes Contra a
Administração Pública (Decasp), que vai investigar o caso na esfera criminal.
Na época em que os funcionários fantasmas receberam sem trabalhar, a Seres
tinha como titular o coronel Romero Ribeiro. Ele foi exonerado em outubro de
2014, após o Jornal do Commercio publicar reportagem exclusiva denunciando
que uma detenta descumpriu as regras da prisão domiciliar para participar da
campanha eleitoral da esposa do então secretário.
Blog: O Povo com a Notícia