O que já estava sendo ensaiado
iniciou-se esta semana entre a Câmara dos Deputados e o Palácio do Planalto.
Com a chegada da nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Casa,
a disputa por cargos está acirrada. Com isso, o peemedebista precisou se
envolver com os casos mais sensíveis.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, O ex-deputado
Valdemar Costa Neto (SP), cacique do PR e condenado no mensalão, disse a Temer
que o partido acha pouco o Ministério dos Transportes e quer a Secretaria de
Portos também. Para atendê-lo, o presidente teria que desalojar um apadrinhado
do senador Jáder Barbalho (PMDB-PA), coisa que Temer prefere evitar.
O governo definiu que cargos do segundo escalão serão negociados
diretamente com as bancadas dos partidos. O PP, que estava irrequieto, deu
sinais de que ficou saciado com a superintendência do Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica).
Votação: Aliados de Temer disseram a políticos e investidores que ainda não
definiram uma estratégia para a votação da segunda denúncia por motivo
pragmático. O tempo, dizem, agora conta a favor do presidente. Segundo eles,
não faria sentido afastar o peemedebista para promover uma eleição indireta em
março ou abril de 2018, em meio aos preparativos para o pleito regular em
outubro.
Quem vê essa narrativa com desconfiança cita apenas um nome para
justificar a cautela: Geddel Vieira Lima, o ex-ministro que está preso em
Brasília e poderia complicar a situação de Temer se decidisse colaborar com o
Ministério Público.
Blog: O Povo com a Notícia