Enié Eventos tem como dona uma sera-talhadense
e é sediada no Crato. Recebeu para realizar formatura de turma de
Direito e outras espalhadas por três estados, mas alegando crise, fechou. Donos
não são encontrados e dizem que deixaram cidade “por segurança”
A empresa Enié Eventos, de Crato,
Ceará, que produzia festas de formatura em cidades sertanejas e de outras
regiões no Nordeste, está sendo acusada nas redes sociais de dar um calote em
estudantes de Direito da FIS, que os contrataram para organizar baile e festa
de formatura no fim desse ano. Mas é só a ponta do iceberg.
Além da turma serra-talhadense, são , segundo relatos nas redes sociais,
diversas turmas no Ceará, Paraíba e Pernambuco que foram lesadas. “Alguns
contratos já tinham sido quitados completamente pelos alunos e clientes. Um dos
bailes inclusive aconteceria esse mês”, diz um texto em rede social.
Em nota na
página no Facebook, a empresa afirmou que não conseguiu
reverter a situação caótica financeira que a empresa vinha atravessando.
“Tentamos de tudo. Vendemos patrimônio pessoal, fizemos empréstimos com pessoas
jurídicas e físicas, mas não teve jeito. O mercado simplesmente parou e a
empresa não conseguiu mais formar capital. Então matematicamente ficou inviável
prosseguir. Vendemos todos bens pessoais, mas não resolveu “, dizem no texto.
Segundo Ednaína Santos e Marcos Allan, donos da empresa, a saída repentina
da família da cidade do Crato foi por questão de segurança. “Unicamente por
isso. Não estamos com um tostão sequer em mãos de nossos clientes. Estamos
correndo com a parte contábil da empresa pra judicializar a falência na vara
competente e trazer explicações mais claras quanto a esse quadro trágico”.
“Precisei resguardar minha
família. Repito, lamentamos profundamente. Mas se houvesse qualquer
possibilidade de contornarmos isso, nós faríamos com todas nossas forças”,
conclui Edinaina Souza. Entretanto, não explica porque com todo esse cenário
previsto, não optou por devolver o dinheiro recebido das turmas e outros
contratantes.
Só da turma de Direito da FIS, foram R$ 77 mil. Somados os valores
reclamados por turmas de outras universidades somam mais de R$ 1 milhão. Ainda
há alunos de instituições como UFCA, Fisioterapia FSM Cajazeiras, FAP, FVS,
Urca Iguatu, dentre outras que reclamam compromissos não cumpridos, mesmo já
tendo repassado dinheiro para a empresa.
Evelyn Noronha Soares, Presidente da Comissão de Formatura da turma
de Direito da FIS disse ao blog que seria o primeiro evento em Serra Talhada.
“Buscamos a empresa a partir de um evento que realizaram no Crato. O evento foi
muito bem produzido e resolvemos busca-los”. O contrato foi fechado em 2015 e
todas as parcelas foram quitadas em agosto. A formatura será em março do ano
que vem.
Outra coisa que pesou foi o fato
de que Ednaina de Sousa Santos Melo é de Serra Talhada, casada com o
Marcos Allan, que é cearense. “Somos estudantes do 10° período do Curso de
Direito vespertino da FIS. São 29 alunos, todos revoltados”, disse Soares. “Eles
foram contratados para organizar todas as etapas da formatura, desde as fotos,
aula da saudade, colação, baile, culto ecumênico e outros atos”.
Como providências da turma, foi apresentada uma notícia crime na
Delegacia de Serra Talhada e está sendo aberto um processo judicial
junto ao advogado e Secretário de Administração, Renato Godoy. “Tudo
começou quarta-feira (6), quando vimos a nota da Enié o Facebook”,
diz. “Estamos muito decepcionados por ter nosso sonho destruído”, conclui.
Turma corre contra o tempo e pede colaboração: agora,
a turma corre contra o tempo para realizar sua formatura de forma decente e faz
até campanha nas redes sociais. Quem puder ajudar por fazê-lo na Conta
Bradesco, agência 0586 , Poupança 1004699-8, em nome de Samara Gabriela Melo
Lima, uma das integrantes da Comissão. (Via: Blog do Nill Júnior)
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