A ministra dos Direitos Humanos,
Luislinda Valois (PSDB), chamou a atenção na semana passada por, ao pedir que o
governo acumulasse seu salário de desembargadora aposentada ao de ministra, fez
referência do seu trabalho à escravidão. No entanto, a revista Isto É fez um
levantamento da vida bem luxuosa que a ministra tem usando, inclusive, dinheiro
público.
Além dos R$ 33,7 mil por mês, a ministra tem direito a jatinhos da FAB
para viagens profissionais, apartamento funcional em Brasília, carro com
motorista e cartão corporativo. Ela ainda recebe diárias do governo federal,
quando viaja. Só em 2017, foram mais de R$ 40 mil.
Em sua declaração de bens de 2014, Luislinda aponta a propriedade de uma
mansão no condomínio de luxo no Porto Busca Vida Resort, localizado na praia
privativa de Busca Vida, em Camaçari. Ela adquiriu o imóvel por R$ 750 mil.
Hoje, o local está supervalorizado. Um terreno não sai por menos de R$ 1,5
milhão. Casas prontas, que variam de 300m2 a 1.100m2, custam entre R$ 3 milhões
e 7,5 milhões.
A ministra Luislinda também possui um apartamento em Salvador, comprado
por R$ 330 mil, e outro em Curitiba, no alto da Glória, região nobre, adquirido
por R$ 350 mil.
Diárias: Em junho passado, Luislinda cobrou do governo R$ 10.758,68 por uma viagem
de cinco dias a Israel. A viagem foi paga pela Confederação Israelita do Brasil
(Conib). Ou seja, ela viajou de graça e mesmo assim quis ressarcimento. Sua
assessoria diz que ela devolveu os valores no dia 28 de junho.
Em julho, ela se beneficiou do dinheiro público, mais uma vez: pediu o
ressarcimento de despesas durante final de semana em Salvador, onde reside, sem
ter tido compromissos oficiais. Ela não trabalhou no final de semana. Na
verdade, ela viajou para a capital baiana no dia 27 de julho, uma quinta-feira,
em avião da FAB, para representar o presidente da República na posse de um juiz
do TRE da Bahia. Na sexta, a ministra visitou uma escola pública. Ficou em casa
descansando no sábado e domingo, mas mesmo assim cobrou as diárias por todos os
dias, no valor de R$ 1.985,19.
Vale lembrar que Ao pedir o aumento salarial, ela explicou que a alta soma
se destina a cobrir despesas “necessárias” ao exercício do cargo, como roupas,
sapatos, perfumes e maquiagens. “Como é que eu vou comer, beber e calçar?”,
disse Luislinda. “É cabelo, é maquiagem, é perfume, é roupa, é sapato, é
alimentação”, completou a ministra.
Com a repercussão negativa do caso, ela voltou atrás, abrindo mão do
pedido por mais benefícios.
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