Um
esquema de fraudes a concursos públicos e a processos seletivos para ingresso
no ensino superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 e
deste ano é alvo da Operação Adinamia, da Polícia Federal (PF) e do Ministério
Público Federal (MPF), nesta manhã de quarta-feira (8/11). Na ação, a cerca de
90 agentes da PF cumprem 36 ordens judiciais, sendo 21 de busca e apreensão,
quatro de prisão preventiva e 11 de condução coercitiva, quando a pessoa é
levada à força para prestar depoimento.
De acordo com a PF, a organização
criminosa atuava de forma contumaz principalmente no Ceará, mas há indícios da
prática do crime em outros estados. As buscas ocorrem hoje nas cidades
cearenses de Fortaleza, Juazeiro, Barbalha, Mauriti, Abaiara e Lavras da Mangabeira.
Na Paraíba, agentes cumprem ordens em São José de Piranhas e Cajazeiras. Há
buscas também em Teresina (PI).
Para fraudar os processos
seletivos, os criminosos violavam os lacres para acesso às provas do Enem e de
concursos antes mesmo de eles serem realizados. Candidatos também eram
inscritos nos processos para passar as respostas das provas por meio de pontos
eletrônicos. "O curso de medicina é o principal alvo das fraudes e também
o mais caro, sendo pago em torno de R$ 90 mil, por vaga, sendo metade do valor
pago antes do certame e metade depois de garantida a vaga", afirmou a PF
em nota.
Fraude
e lavagem de dinheiro
O objetivo principal é a coleta
de provas dos delitos cometidos que comprovem as fraudes aos processos
seletivos e concursos públicos. Além de fraude, eles os investigados podem
responder á Justiça por organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas
preveem prisão de 1 a 4 anos, 3 a 8 anos e 3 a 10 anos de prisão,
respectivamente, e multas. (Via: CB)
Blog: O Povo com a Notícia