A Copa do Mundo deverá gerar um
incremento de R$ 251,7 milhões no faturamento das atividades especializadas em
serviços de alimentação, como bares e restaurantes. A estimativa, divulgada ontem (15), é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC). O aumento da clientela nos meses de junho e julho corresponderá a 3,3%
do faturamento médio mensal normal.
Quase metade (48,6%) dos valores de faturamento esperados pelo setor de
alimentação estão concentrados em São Paulo (R$ 82,1 milhões) e Rio de Janeiro
(R$ 40,3 milhões). O Paraná aparece em seguida, com uma receita de R$ 33
milhões.
Consumo: A CNC aponta também que 9,9% das famílias brasileiras que moram em
capitais pretendem fazer algum tipo de gasto relacionado ao setor de
alimentação por causa do Mundial de 2018. Desse percentual, 1,9% pretende
gastar em bares e restaurantes.
A intenção de consumo de alimentos e bebidas em casa se manteve
equivalente ao verificado em 2014, com cerca de 53%. Para as famílias de maior
poder aquisitivo, no entanto, cresceu a preferência pelo consumo domiciliar,
passando de 40,4% em 2014 para 50,6% em 2018.
Comparação com 2014: A estimativa de faturamento para a Copa deste ano representa uma queda de
36,9% em relação aos R$ 399 milhões faturados durante o torneio de 2014.
Segundo a CNC, a diferença está relacionada à diminuição do fluxo turístico
nacional e internacional, tendo em vista que os jogos anteriores ocorreram no
Brasil.
A crise econômica também foi apontada pela Divisão Econômica da CNC como
justificativa para uma menor movimentação financeira no período.
Nos últimos quatro anos, os serviços de alimentação acumularam uma
variação média de 29,9%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
avançou 25,9%. As maiores altas de preços ocorreram no Distrito Federal (+60%)
e no Rio Grande do Sul (+37%). Por outro lado, Bahia (+24,7%) e Goiás (+26,5)
registraram as menores altas. (Via: Agência Brasil)
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