A mudança na legislação eleitoral
proibiu uma série de mecanismos que impactavam nas eleições, e os candidatos
estarão diante de uma difícil realidade que é realizar uma campanha eleitoral
exitosas com recursos escassos. Diante deste quadro, quem tem a caneta na mão
tem condições de se diferenciar de seus adversários na hora de fechar apoios e
consolidar uma ampla coligação. Esse cenário já existia, mas com as restrições
impostas pela legislação, ter a máquina é um diferencial significativo para a
disputa.
Neste caso se encaixa o governador Paulo Câmara, que tentará a reeleição
no intuito de manter a hegemonia do PSB que já dura doze anos em Pernambuco.
Eleito por uma ampla coligação partidária, Paulo contará, em tese com MDB, PSD,
PP, PR e PDT, que juntos com o PSB são os seis maiores tempos da coligação que
contam para a propaganda. O governador ainda trabalha no cenário de atrair o PT
para a sua coligação, que lhe daria com folga o maior guia da disputa, o que
naturalmente facilitaria a defesa do seu governo e diminuiria o poder de fogo
de seus opositores.
Por ser uma pessoa de bom trato, Paulo Câmara tem a simpatia da sua base,
e quem lhe apoia não quer deixar o seu governo, ora pela estrutura que a
máquina permite com a distribuição de cargos, ora por não acreditar na força da
oposição. Porém, está latente a necessidade de Paulo Câmara fortalecer os laços
com seus apoiadores, isso passa pela bancada na Alepe e na Câmara dos
Deputados, pelos prefeitos e pelos partidos integrantes da Frente Popular.
Estabelecer uma força tarefa no sentido de auscultar a opinião de seus
principais apoiadores será fundamental para que o governador possa manter a
tropa unida e ganhe as ruas com a sua campanha de reeleição, uma vez que a
própria base estando satisfeita com a composição da chapa majoritária o quadro
facilita muito para o governador. O diálogo ajuda a fazer com que todos se
sintam parte do processo, e isso tem um efeito essencial para qualquer projeto
político.
Nesta reta final para a consolidação da chapa majoritária, Paulo Câmara
terá que sentir quem agrega mais, quem atrapalha menos, e quem pode contribuir
estando na majoritária. E é preciso entender que para se pensar em 2020 ou 2022
é fundamental ganhar 2018 e Paulo ainda tem as condições de lograr êxito, basta
procurar não errar ou errar o mínimo possível. (Via: Coluna do Blog do Edmar Lyra desta quarta-feira)
Blog: O Povo com a Notícia