As eleições de outubro em
Pernambuco têm todos os ingredientes para ser um clássico, embora uma das
postulantes ao governo do estado, a vereadora Marília Arraes (PT), sequer tenha
garantida a sua candidatura. Mas sua eventual participação já movimenta a
sucessão a um nível não imaginado, enquanto a disputa pelo Senado exibe um
quinteto de retórica explosiva – Jarbas Vasconcelos (MDB), Humberto Costa
(PT), Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Sílvio Costa (Avante)
-, que não leva desaforos pra casa.
Os cinco são bem
conhecidos, o que significa que se o eleitor escolher dentre eles dois dos três
representantes do estado no Senado, ninguém estará votando enganado.
Xingamentos à parte do tipo “vampiros”, “chefe de quadrilha”, “traidor”e
“sanguessuga”, que marcaram pleitos passados, a ofensa dessa campanha é
representar o palanque de Temer ou estar indevidamente no palanque de Lula.
Nesse sentido, porém, as
duas principais chapas majoritárias, encabeçada pelo governador Paulo Câmara
(PSB) e pelo senador Armando Monteiro (PTB), têm de tudo um pouco. Como diz
Humberto “há golpistas em todos os palanques”. Agora, entre Paulo e Armando o
que está pegando mesmo é a figura de Marília que, se não é um arrasa-quarteirão,
é o novo desta eleição com coragem para desafiar velhos caciques dentro do seu
próprio partido e sobretudo do PSB, onde deu seus primeiros passos na política.
Se ela disputar, tem-se
como certa a sua participação no segundo turno; se não, o seu apoio terá um
peso significativo para a vitória de Paulo ou de Armando; caso opte pela
neutralidade, será uma decepção. (Via: Diário de PE)
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