O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann,
classificou nesta sexta-feira, 13, como “desastre” e “equívoco criminoso” a
libertação, por engano, de
Leomar Oliveira Barbosa, ex-braço direito do traficante Fernando Beira-Mar.
Conhecido como “Playboy”, Barbosa estava em uma penitenciária em Formosa (GO),
a cerca de 300 quilômetros de Goiânia, mas foi solto no último dia 4 de julho.
“Eu acho um desastre a soltura. Isso, tendo ocorrido, é um
equívoco, no meu ponto de vista, criminoso. E tem que se identificar quem sãos
os responsáveis e puni-los, porque é inaceitável você prender, e ter uma grande
dificuldade para prender, nunca é fácil, um bandido como esse, e ele ser solto
por um equívoco. É difícil até de acreditar. Mas de todo jeito tem que ser
averiguado e punir os responsáveis”, afirmou Jungmann, em coletiva de imprensa.
Leomar
foi libertado pela administração do presídio após receber um alvará de soltura
com relação a uma de suas condenações na Justiça. Ele é condenado, no entanto,
em outros dois processos e por isso não poderia ter saído da cadeia. Com o
engano, ele passou a ser considerado foragido da Justiça.
Em 2011, o ex-braço direito de
Beira-Mar foi um dos alvos da Operação Casa Nova III, da Polícia Federal, por
chefiar uma quadrilha de tráfico de drogas. A investigação apontou, na época,
que o grupo comprava cocaína na Bolívia com traficantes daquele país e, depois,
trazia o entorpecente ao Brasil em aeronaves de pequeno porte.
A estrutura da quadrilha era hierarquizada, sendo que cada
integrante cumpria um papel específico. Todos se reportavam a Leomar, que
centralizava as informações e coordenava a atuação dos demais membros. As
ordens eram passadas por meio de ligações telefônicas e por recados transmitidos
a pessoas que visitavam Leomar, quando este estava na Penitenciária Odenir
Guimarães, em Aparecida de Goiânia (GO). (Via: Estadão)
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