Candidato a reeleição, o
governador Paulo Câmara seguirá liderando uma frente política com a maior
quantidade de partidos, lhe garantindo o maior tempo no guia eleitoral e a
possibilidade de eleger as maiores bancadas da Alepe, com pelo menos 30
estaduais e da Câmara Federal com pelo menos 15 federais. Os maiores puxadores
de votos estarão em sua coligação, o que lhe garante uma boa retaguarda.
Mesmo diante de dificuldades na gestão, a classe política não está
identificando nos outros projetos algo efetivo, a prova é que exceto o PSC que
oficializou o apoio a Armando Monteiro, os demais partidos que ainda não
bateram o martelo quanto ao destino seguem emitindo sinais de que não querem
pular para a oposição.
Com financiamento eleitoral cada vez mais escasso, ter a tropa abrigada na
estrutura do governo é imprescindível na tentativa de cabalar votos, e os
deputados, sejam eles estaduais ou federais, identificam que as estruturas do
governo e da prefeitura do Recife contribuem fortemente para que a engrenagem
gire e permita a Frente Popular melhores chances de vitória.
Ainda pesa a favor de Paulo Câmara, além da tropa e da experiência em
eleições do PSB, o fato de a oposição não ter conseguido imprimir um projeto
que possa conquistar o eleitorado. Na dificuldade do governador, Armando
Monteiro não conseguiu crescer durante o período do governo, e isso tem pesado
muito nas avaliações da classe política de que mesmo não sendo uma maravilha de
governo, o projeto oposicionista ainda não conseguiu mostrar que será melhor do
que Paulo Câmara.
Faltando menos de dois meses para o início da eleição, Paulo Câmara segue,
na ótica da classe política, com chances significativas de vitória em relação
ao seu principal adversário, que é o senador Armando Monteiro, sobretudo por
ter mantido os apoios mais representativos tanto do ponto de vista partidário quanto
do eleitoral. (Via: Coluna do Blog do Edmar Lyra)
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