A partir do fim de novembro,
aproximadamente 280 mil moradores do Sertão do Pajeú e da Paraíba receberão
água tratada nas suas casas, com a entrada em operação da segunda etapa do
Sistema Adutor do Pajeú. A obra, que teve a primeira fase entregue há quatro
anos, está com 62% dos trabalhos concluídos.
A informação foi confirmada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a
Seca (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração e que está à frente
das obras. O empreendimento, orçado em R$ 483,4 milhões do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 2) – sendo R$ 190,8 milhões destinados à
primeira etapa e R$ 292,6 milhões para a segunda – faz parte do conjunto de
ações do Governo Federal a fim de garantir maior oferta de água aos sertanejos.
Os serviços deste segundo trecho incluem montagem de tubulação e
instalação de equipamentos hidromecânicos, o que oferece um “grande grau de
complexidade às obras”, segundo o Dnocs, ao justificar o porquê de a entrega
ocorrer quatro anos após a primeira etapa. Nesta segunda fase, a água será
distribuída a 32 localidades dos estados de Pernambuco e Paraíba, por meio do
ramal localizado em Sertânia, no Sertão do Estado. A primeira etapa, em
operação desde 2014, já beneficia mais de 173.300 pessoas. Com a conclusão das
duas etapas da adutora do Pajeú, a previsão é de que aproximadamente 505 mil
habitantes de 32 localidades de Pernambuco e Paraíba sejam beneficiados.
Só em Pernambuco, segundo o Dnocs, serão contemplados o povoado Nazaré do
Pico, no município de Floresta; três distritos (Canaã, em Triunfo, Tupanaci, em
Mirandiba e Riacho do Meio, em São José do Egito); e mais 20 cidades, sendo
Floresta, Betânia, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Calumbi, Triunfo, Santa
Cruz da Baixa Verde, Flores, Carnaíba, Quixaba, Afogados da Ingazeira,
Iguaraci, Ingazeira, Solidão, Tabira, Tuparetama, Santa Terezinha, São José do
Egito, Itapetim e Brejinho. Já na Paraíba, oito municípios serão contemplados
pelo projeto, sendo eles Imaculada, Desterro, Livramento, São José dos
Cordeiros, Taperoá, Princesa Isabel, Teixeira e Cacimbas.
O projeto
De acordo com o Dnocs, todo o projeto da adutora do Pajeú, dividido em
duas etapas de implementação, contemplam obras de captação no lago de
Itaparica, nas estações de bombeamento (EBV) 4 e 6 do eixo leste da
transposição do Rio São Francisco e a construção de 20 estações elevatórias,
entre outras intervenções. A extensão da obra é de 598 quilômetros, sendo 196,8
quilômetros na primeira fase e 402 quilômetros na segunda. (Via: Folha PE)
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