Socorrido
na UPA da Caxangá, ex-oficial da PM, envolvido no Escândalo da Mandioca no município de Floresta, não
resistiu
O ex-major José Ferreira dos Anjos, 73 anos, que ficou conhecido por
participação no Escândalo da Mandioca, na década de 1980, faleceu na manhã
desta segunda-feira (19), vítima de um infarto no miocárdio. O ex-major estava
em sua casa, no Residencial Caxangá, quando passou mal e foi socorrido na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Avenida Caxangá, mas não resistiu. O
corpo do ex-oficial da PM ainda encontra-se na UPA da Caxangá. Não se sabe onde
será o velório.
Condenado a 32 anos e seis meses de reclusão por assassinato e falsidade
ideologica , o ex-major da Policia Militar José Ferreira dos Anjos foi
beneficiado por um indulto presidencial após cumprir dez anos, sete meses e 13
dias de pena e desde julho de 2003 estava em liberdade.
O golpe desviou na época Cr$ 1,5 bilhão do governo federal, por meio do
Banco do Brasil. Em valores atuais, o prejuízo à União seria de mais de R$ 35
milhões. O esquema consistia na obtenção de documentos falsos para conseguir
créditos agrícolas para o plantio de mandioca utilizando cadastros frios,
propriedades fictícias e agricultores fantasmas.
Depois que conseguiam os valores para o suposto plantio, os envolvidos alegavam que as plantações haviam sido destruídas pela seca, não pagavam os empréstimos e ainda tinham os “prejuízos” cobertos pelo seguro agrícola.
Depois que conseguiam os valores para o suposto plantio, os envolvidos alegavam que as plantações haviam sido destruídas pela seca, não pagavam os empréstimos e ainda tinham os “prejuízos” cobertos pelo seguro agrícola.
A investigação de auditores do Banco do Brasil e do Banco Central
apontou que houve mais de 300 financiamentos irregulares para o plantio de
mandioca. O dinheiro foi utilizado em compras e reformas de fazendas,
construção de piscinas, aquisição de carros e investimentos em imóveis. Descobriu-se ainda que 30% dos créditos destinados ao custeio agrícola foram
concedidos a pessoas com nomes falsos.
O caso ganhou destaque em todo país. O inquérito policial acabou nas mãos do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. No dia 6 de janeiro de 1982, ele ofereceu denúncia contra 25 dos indiciados, que tiveram seus bens sequestrados. Depois disso, o procurador passou a receber ameaças de morte, mas seguiu com seu trabalho. Terminou assassinado no dia 3 de março de 1982, quando parou numa padaria para comprar pão e leite, em Olinda. (Via: Diário de PE)
O caso ganhou destaque em todo país. O inquérito policial acabou nas mãos do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. No dia 6 de janeiro de 1982, ele ofereceu denúncia contra 25 dos indiciados, que tiveram seus bens sequestrados. Depois disso, o procurador passou a receber ameaças de morte, mas seguiu com seu trabalho. Terminou assassinado no dia 3 de março de 1982, quando parou numa padaria para comprar pão e leite, em Olinda. (Via: Diário de PE)
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