América Latina e Caribe superaram os 20 milhões de casos confirmados de coronavírus, segundo uma contagem da AFP neste sábado (13) às 05h00 (Brasília) com base em dados das autoridades.
A região registrou 20.021.361 casos e 635.834 mortes. Brasil, com 9,76 milhões
de contágios e 237.489 mortes, é o país mais afetado da América Latina.
Em número de casos confirmados de covid-19, depois do Brasil, estão Colômbia
(2,18 milhões), Argentina (2,01 milhões), México (1,97 milhões) e Peru (1,22
milhões).
A quantidade de casos diagnosticados reflete apenas uma parte do total de
contágios, os casos menos graves ou assintomáticos continuam sem ser
detectados.
Os países da região mais afetados pela epidemia em número de mortos são, depois
do Brasil - onde a campanha de vacinação começou tarde -, México (172.557
mortes), Colômbia (57.196), Argentina (50.029) e Peru (43.255).
Nos últimos sete dias, a pandemia diminuiu no continente, com uma média de
87.226 infecções diárias, 9% a menos que na semana anterior.
Desde 3 de fevereiro, a média de infecções diárias se reduziu para menos que os
100.000 que marcaram o mês de janeiro.
Durante janeiro, o mês mais intenso em termos de infecções, a região registrou
uma média de 120.000 casos diários de 17 a 21 de janeiro.
Em todo o mundo, a covid-19 causou quase 2,4 milhões de mortes e cerca de 108
milhões de casos, segundo a contagem da AFP.
Falta de doses no Brasil
Enquanto os números de contágios e mortes aumentam, a ansiedade pelas vacinas
continua entre dificuldades.
A campanha de vacinação no Brasil, onde a imunização da população começou tarde,
já está ameaçada pela falta de doses, segundo informaram as autoridades de
vários estados.
A prefeitura do Rio de Janeiro alertou que dispõe de doses suficientes para
vacinar apenas "até sábado" e em duas cidades de sua periferia, São
Gonçalo e Niterói, a vacinação já foi suspensa por vários dias nesta semana.
No Brasil, a vacinação começou há três semanas e mais de 4,5 milhões de pessoas
já foram vacinadas. Nos Estados Unidos, alguns países da União Europeia e
outros países sul-americanos, como a Argentina, a campanha começou no final de
2020.
O Reino Unido está prestes a cumprir seu ambicioso plano de vacinar 15 milhões
de pessoas contra o coronavirus antes de meados de fevereiro, o que possibilita
uma saída do confinamento rígido aplicado desde o início de janeiro.
Na França, as autoridades de saúde recomendaram "propor uma só dose"
da vacina para aqueles que já contraíram a doença, tornando-se o primeiro país
a formular essa recomendação.
"Eles desenvolveram uma memória imunológica após a infecção e a dose única
da vacina desempenhará um papel de lembrança", explicou a Alta Autoridade
de Saúde francesa (HAS).
Entretanto, muitos países continuam adotando restrições. O governo italiano
decidiu prolongar por 10 dias a proibição de viajar entre regiões. E Portugal
ordenou manter "os controles nas fronteiras" com a Espanha em alguns
pontos.
No país do Oriente Médio mais afetado pela pandemia, o Irã, com 59.000 mortes
em mais de 1,5 milhão de casos, o presidente Hasan Rohani lançou uma
advertência neste sábado após um aumento no número de casos.
"Estamos caminhando para a quarta onda. Devemos estar atentos para
evitá-la", pediu.
O vírus "ficará por muito
tempo"
Em uma entrevista com a AFP, Andrea Ammon, diretora do Centro Europeu de
Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) disse na sexta-feira que o mundo deve se
preparar porque o coronavírus "ficará por muito tempo".
"Parece que se adaptou muito bem aos humanos", disse Ammon.
Embora as vacinas reduzam drasticamente o risco de contágio, os cientistas
ainda não sabem se também previnem a transmissão do vírus.
As variantes, principalmente a
sul-africana e a brasileira, complicam a situação, já que são suspeitas de
diminuir a eficácia da vacina. "É possível que ocorra a mesma coisa, ou
que em algum momento (o vírus) se estabilize e possamos usar uma vacina por um
longo período", estimou.
Enquanto isso, a origem do vírus continua um mistério. A missão da OMS enviada
recentemente à cidade chinesa de Wuhan, onde foram detectados os primeiros
casos da doença, não conseguiu identificá-la.
Em uma coletiva de imprensa telemática realizada em Genebra junto ao chefe da
missão, Peter Ben Embarek, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus
afirmou que "todas as hipóteses continuam abertas".
"Sempre dissemos que esta missão não encontraria todas as respostas, mas
acrescentou importantes informações, que nos aproximam da compreensão da origem
do vírus", apontou.
Na terça-feira, durante coletiva de imprensa em Wuhan, Ben Embarek descartou a
teoria de que o vírus foi criado em um laboratório de virologia da cidade chinesa. (Via: AFP)
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