Em uma nova motociata em Florianópolis neste sábado (07), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insistiu na pregação a favor do voto impresso e, em meio a críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal), exaltou a "legitimidade" dele e do Congresso Nacional.
"Quem decide as eleições são vocês. Não são meia dúzia [de pessoas] dentro de uma sala secreta que vão contar e decidir quem ganhou as eleições. Não vão ser um ou dois ministros do Supremo Tribunal Federal que vão decidir o destino de uma nação. Quem teve voto, quem tem legitimidade, além do presidente, é o Congresso Nacional"
Sem máscara, o presidente gerou aglomeração durante a motociata ao parar algumas vezes para cumprimentar apoiadores. A maioria também não usava máscaras contra a Covid --alguns vestiam camisetas pedindo voto impresso.
Florianópolis parou com o trânsito provocado pelo comboio, que obrigou o fechamento de diversas ruas. Bolsonaro chegou de helicóptero por volta das 10h30 na região sul da cidade, junto ao senador Jorginho Mello (PL-SC), membro da CPI da Covid.
Seguiu pela região central e depois norte, onde estacionou novamente para acenar aos motociclistas em frente à loja de departamento Havan. O empresário Luciano Hang, dono da marca, acompanhou o presidente durante todo o trajeto.
Manifestantes de jet skis também participaram do ato, parando embaixo da ponte que liga a ilha à parte continental da cidade. A expectativa é que ele discurse quando chegar à avenida Beira-Mar Continental, seguindo com a dispersão das motos.
As outras edições do evento ocorreram em Brasília (9 de maio), Rio de Janeiro (23 de maio), São Paulo (12 de junho), Chapecó, em Santa Catarina (26 de junho), Porto Alegre (10 de julho) e Presidente Prudente, no interior de SP (31 de julho).
Ao fim dos trajetos de moto, Bolsonaro costuma fazer discursos em cima de carros de som ou no meio da multidão, com ataques às eleições e às urnas eletrônicas, citações às Forças Armadas e críticas a prefeitos e governadores por medidas de restrição.