Em entrevista à Rede Fonte de Comunicação, de Goiás, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “aguarda o momento” para “aplicar uma sanção restritiva” contra ele. O chefe do Executivo, no entanto, não especificou qual seria a sanção.
Moraes é relator do inquérito das fake news, do qual Bolsonaro é
um dos investigados.
A afirmação veio após o presidente ser questionado sobre sua declaração em que afirmou ver três opções para o seu futuro: “Estar preso, ser morto ou a vitória”.
Bolsonaro
ainda ressaltou que está sob “pressão muito grande” e criticou a
“criminalização” da defesa de temas como voto impresso e tratamento precoce.
“Você pode ver, quando a gente fala em voto eletrônico, voto impresso, passou a
ser crime. Quando você fala em tratamento precoce, passou a ser crime.”
Sobre
sua inclusão no inquérito das fake news, descrito como “o inquérito do fim do
mundo” pelo próprio presidente, ele alegou que Moraes está “ameaçando os
outros”.
“Isso não é um trabalho que se faça. Você
não pode ficar ameaçando os outros. Não pode um ministro apenas, ele ser o dono
do inquérito. Ele investiga, ele julga e ele condena. Isso não pode acontecer.
Se quer fazer isso comigo, imagina o que estão fazendo com outras pessoas.”
Para o chefe do Executivo, o ministro pretende “aplicar uma sanção restritiva” quando ele deixar o governo. Bolsonaro é investigado pelos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral. O inquérito foi aberto após pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mais ataques ao STF
Na mesma
entrevista, Bolsonaro acusou os ministros
do STF de quererem ser os “donos do mundo”.
O chefe do Executivo
também convocou apoiadores para os atos a favor de seu governo, em 7 de
setembro.
“A grande pauta [do 7
de setembro] vai ser a liberdade de expressão. Não pode uma pessoa do Supremo
Tribunal Federal e uma do Tribunal Superior Eleitoral se alvorarem agora como
‘donas do mundo’ e que tudo decidem no tocante à liberdade de expressão.” (Via: Metrópoles)
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