Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o sargento Leonel Lucas, presidente da maior associação nacional de policiais militares, defendeu que os policiais participem dos atos de 7 de setembro, desde que desarmados e à paisana.
“Quem quiser participar que vá, democraticamente e
pacificamente. Os ativos, que vão desarmados e não fardados. E que todos
exerçam o seu poder de democracia que nós conquistamos com muita batalha”,
disse o sargento.
A Associação
Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares, Bombeiros Militares
e Pensionistas Estaduais (Anermb) tem 286 filiados da ativa e da reserva, em 24
estados. A entidade autorizou que cada regional decida qual será a orientação
em relação à participação dos PMs nos protestos.
Diversos
policiais já publicaram em suas redes sociais convocações para a manifestação.
Entre eles, está o coronel da ativa Aleksander Lacerda da Polícia Militar de São
Paulo, afastado por João Doria por convocar “amigos” para o ato.
“Se, na opinião dele, ele está certo, cada um
de nós tem que arcar com suas deliberações. Não posso avaliar se ele está certo
ou errado. As pessoas vão ter que analisar e ver se vão segui-lo ou não. Não
somos ‘Maria vai com as outras'”, disse o presidente da Anermb sobre o caso.
Fora da agenda, Jair Bolsonaro compareceu a um evento da
entidade, em Goiás, em junho. Foi a primeira visita do presidente à entidade em
dois anos e meio de governo. O encontro, entre outros objetivos, visava
estimular o apoio de policiais às eleições de 2022.
Para o
sargento, as manifestações não são um ato político. “Não vejo ilegalidade se o
PM da ativa estivesse com bandeira ou camisa de algum partido. Nossa orientação
para esses PMs da ativa é que não usem bandeira ou camisa de qualquer partido”.
Ele ressaltou que não estará nos protestos, pois tem compromissos.
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