Um relatório feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aponta que os dois principais cartéis do México buscam expandir a atuação para o Brasil. Segundo a Abin, há pontos cruciais para o movimento: o “combate intensivo” ao crime organizado no México, que fez os cartéis focarem na exportação, e o fato de o país ser “importante espaço de consumo e trânsito de drogas”.
“Reconhecida pela extrema violência, que os colocam entre as mais perigosas do mundo, as organizações mexicanas seguem expandido influência nos países produtores, consumidores e de trânsito de drogas, como o Brasil”, diz um trecho do documento.
A Abin apontou especial preocupação com os cartéis Sinaloa e Jalisco Nueva Generacíon (CJNG), formado a partir de uma dissidência do primeiro. A preocupação de o CJNG se instalar em território brasileiro chamou a atenção da Abin em especial por conta de o cartel usar de extrema violência contra rivais e forças de segurança.
“Além de dedicar-se ao tráfico de drogas, [o CJNG] dedica-se também aos crimes de extorsão e sequestro, roubo de veículos e tráfico de armas (diversificação da economia criminal). Também se especializou em oferecer serviços de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais para outras facções e até para grupos empresariais”, pontuou a Abin.
O canal do PCC com os cartéis mexicanos foi estabelecido pelo traficante Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, braço direito do líder do PCC, Marco Wilians Herbas Camacho, o Marcola. Fuminho foi preso em Moçambique em 2020 e está detido no presídio de segurança máxima de Catanduvas (PR).
O objetivo e as consequências da parceria entre PCC e os dois cartéis são investigados pela Abin e pela Polícia Federal. As informações são do portal Metrópoles.
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