Que as relações dentro do União Brasil não são das melhores todo mundo já sabe, mas nos últimos dias o clima tem esquentado entre o presidente da sigla, Luciano Bivar e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
Desde que o partido surgiu, após fusão entre PSL e DEM, em fevereiro de 2022, as intrigas internas se iniciaram dentro da sigla. Um grupo do DEM não aceita o comando do partido, liderado por Bivar, ex-presidente do PSL, o que desencadeia uma série de intrigas entre os integrantes.
No entanto, a situação teria se agravado após o parlamentar pernambucano intervir no diretório do Amazonas e convocar, por decisão unilateral, uma convenção estadual para tentar eleger lideranças locais alinhadas a ele.
De acordo com informações da Folha de São Paulo, com o apoio de ACM Neto, integrantes do partido iniciaram uma verdadeira operação para tentar tirar Bivar da presidência e na última reunião do partido, a discussão ficou mais séria, resultando em dedo na cara e xingamentos.
Segundo integrantes da sigla, após divergências sobre o diretório do Amazonas, o presidente do partido apontou o dedo a Neto e proferiu, segundo relatos, uma série de ofensas e xingamentos. Após o ocorrido, Neto estaria organizando uma resposta partidária e Bivar já teria sinalizado a possibilidade de deixar o cargo.
Ainda de acordo com a Folha, após a confusão Neto teria organizado uma carta na qual questiona publicamente como Bivar conduziu a situação no Amazonas. "Precisamos de uma Direção Nacional mais plural no União Brasil, onde o presidente nacional reúna com frequência o partido e as decisões estratégicas, municipais, estaduais e nacional, sejam tomadas pelo desejo da maioria", diz nota assinada por oito integrantes da legenda, todos oriundos do DEM.
Não é a primeira vez, que as confusões internas do partido ganham destaque. Na época das articulações para recondução de Arthur Lira (PP) para a presidência da Câmara dos Deputados, ACM Neto se articulou para minar a força do vice-presidente da sigla, Antônio de Rueda, que apoiava Lira.
Na época, Neto teria convencido o deputado Elmar Nascimento (UB), a recuar sobre o apoio a Lira, sob a justificativa de que o União Brasil poderia lançar nome próprio.
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