O pai da menina de 12 anos baleada durante abordagem policial contou que os policiais militares do Maranhão pediram perdão ao perceber que o carro atingido era de uma família. A garota baleada passou por cirurgia no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e perdeu parte do intestino.
'Não apaga o erro deles. Talvez o meu erro de arrancar, não iria custar a vida deles, mas o erro deles de atirar poderia custar uma tragédia na minha família", declarou.
A menina baleada é irmã da cantora Aline Conrado, ex-The Voice Kids. O pai, que preferiu não se identificar, foi atingido com um tiro de raspão na cabeça.
A família estava dentro do carro, quando pararam no semáforo do bairro Dirceu, Zona Sudeste de Teresina, quando foram abordados pelos policiais com um veículo descaracterizado e de capuzes, que começaram a atirar.
Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), os policiais estavam em busca de suspeitos de matarem o sargento Francisco Machado de Carvalho Júnior, também da Polícia Militar do Maranhão. O PM foi morto na sexta-feira (25) à tarde, em frente a uma lanchonete na Avenida Barão de Gurgueia, Zona Sul de Teresina.
Ainda emocionado, o pai contou que a filha começou a gritar achando se tratar de um assalto e por isso arrancou com o carro, mas parou metros depois ao perceber a criança baleada.
"Eu só perdi para que ela abaixar e começou os disparos. Eles não mandaram a gente parar. Depois que parei o carro, eu desci e avisei que tinha uma criança dentro do carro ferida. Foi aí que eles se identificaram como policiais e reconheceram o erro", contou.
Após reconhecer que atiraram contra o carro errado, os policiais do 11º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão encaminharam a família ferida para o Hospital de Urgência de Teresina.
"Eles pediram perdão, mas perdão não desfaz a tragédia feita né? Minha filha traumatizada e o risco de morte que passamos, temos também o prejuízo material. Perdemos os equipamentos da minha filha que é cantora, perdemos nosso carro e o tratamento da minha filha como fica?", comentou a mãe da criança, que também não se identificou.
Os pais prestaram depoimento no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O caso será investigado pelo delegado Bruno Ursulino. (Via: G1 MA)
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