O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira (7), que usou parte dos R$ 17 milhões que arrecadou de eleitores via Pix para fazer repasses à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a parentes. Ele, no entanto, disse que usou R$ 14 mil para jogar na Mega-Sena.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que Bolsonaro mandou R$ 56 mil a Michele, R$ 77 mil à Leda Maria Marques Crivelatti, síndica do condomínio onde vive seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), R$ 12 mil ao tenente do Exército Osmar Crivelatti e R$ 14 mil à lotérica Jonatan e Felix, de Eldorado, interior de São Paulo.
Bolsonaro confirmou todos os pagamentos, mas disse que eles ocorreram entre janeiro e junho, antes do início da vaquinha do Pix, que, segundo ele, começou "em meados de junho".
Sobre os valores encaminhados a Michelle, o ex-presidente disse que é ela quem administra suas contas. “Acho que passei pouco para ela. Ela quem paga as contas de quase tudo. Qual é o problema que passei R$ 56 mil para ela em seis meses?”. Dentre os gastos, estavam despesas de sua esposa, das duas filhas e da casa.
Já a transferência para Leda, Bolsonaro justificou que o fato dela morar no mesmo condomínio é uma coincidência, e que o repasse se deu porque ela é dona de um imóvel que ele aluga, "de mais ou menos R$ 13 mil mensais".
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A respeito dos R$ 14 mil enviados à lotérica de seu irmão, Ângelo Guido Bolsonaro, que fica no interior de São Paulo, o ex-presidente afirmou que foram usados para fazer apostas na Mega-Sena.
“Eu jogo na Mega-Sena. Eu estou em casa, ligo para ele (um sobrinho do ex-presidente). Se vocês pegarem esses valores, dos 17 Pix, um a um, são múltiplos de jogos de sete dezenas, por coincidência. Agora está em R$ 35 o jogo de sete números”, disse o ex-presidente. “Já fiz duas quadras”, complementou. (Via: Agência Brasil)