O homem suspeito de matar a ex-namorada com ao menos 15 facadas no bairro de Águas Compridas, em Olinda, no Grande Recife, foi preso nessa quinta-feira (24). De acordo com a polícia, ele se entregou e confessou o crime.
A vítima foi Mickaely Vitória, de 18 anos, morta, na quarta-feira, após sair da casa do avô em direção a um esconderijo, justamente para evitar ser encontrada pelo ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento e fazia constantes ameaças.
De acordo com a perícia preliminar do Instituto de Criminalística, a jovem foi atingida na nuca, nos braços e na barriga. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
O suspeito foi identificado como Ryan da Silva Nunes, de 21 anos. Contra ele já havia um mandado de prisão preventiva por um homicídio cometido no ano passado. Policiais civis da Delegacia de Água Fria efetuaram a prisão dele, que foi encaminhado para a Central de Plantões da Capital e, por questões de segurança, foi transferido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O suspeito vai passar por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (25). Se a prisão preventiva for decretada pela Justiça, ele irá para o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.
RELACIONAMENTO MARCADO POR CIÚMES E AMEAÇAS
Vizinhos ficaram revoltados com o crime. Eles contaram que o namorado entre a vítima e o suspeito durou cerca de três anos e foi marcado por agressões por causa do ciúme doentio dele. A jovem teria, inclusive, parado de estudar por causa das ameaças.
"Ela era uma menina muito boa, mas infelizmente esse homem tirou a vida dela. Ele estava perturbando ontem à noite (dia anterior ao crime), querendo falar com a gente, pedindo para aconselhar ela a voltar para ele. Ele não estava aceitando o fim do relacionamento, estava perseguindo e ameaçando", contou uma vizinha que preferiu não se identificar.
O aposentado Severino Ferreira Costa, avô da vítima, contou que toda a família sofria ameaças. "Ela (neta) sofria demais, vivia apanhando. Queria muito deixar ele, mas ele ameaçava matar ela e os familiares. A gente vivia em cárcere privado, sendo ameaçado por ele. Até as ligações tinham que ser no viva voz", afirmou. (Via: Ronda Jc)
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