Nesta terça-feira (23), o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) aprovou, por meio de votação, uma paralisação de advertência que terá duração de 24 horas, abrangendo todas as operações policiais no estado a partir das 7h da quarta-feira (24). A motivação da categoria é a busca por um reajuste salarial para corrigir distorções, especificamente solicitando que seja destinada à base o equivalente a 60% do salário dos delegados.
Após uma conversa com secretários executivos da Casa Civil, o governo propôs a abertura de uma mesa de diálogo em 7 de março para iniciar as negociações com cada categoria da Polícia Civil. Contudo, Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol, expressou que essa data não atende às expectativas, alertando sobre a necessidade de precaução para evitar decisões precipitadas.
A categoria presente na assembleia rejeitou a proposta de data e, em votação, aprovou a paralisação de advertência de 24 horas, com a orientação de interromper todas as operações, incluindo o registro de Boletins de Ocorrência, até Petrolina, conforme declarado por Áureo. Uma nova assembleia foi agendada para as 7h desta quarta-feira (24), em frente ao Instituto Médico Legal (IML) no Recife.
O protesto de terça-feira contou com a participação de representantes de diversas categorias da polícia civil, como peritos criminais, médicos legistas, polícia científica, papiloscopistas, escrivães e delegados. O grito de guerra dos manifestantes era claro: “Se não valorizar, a polícia vai parar.”
Uma segunda manifestação está programada para 6 de fevereiro, terça-feira anterior ao carnaval, para deliberar sobre a possibilidade de deflagração de greve e implementação de operação padrão no estado. Um dos representantes sindicais afirmou: “A pressão vem de todos os lados. Se não houver negociação, a polícia vai parar.”
O Sinpol não descarta a chance de uma greve durante as festividades de carnaval em Pernambuco, considerando que a abertura oficial ocorre em 8 de fevereiro, no Recife.
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