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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Servidora da Presidência, médium é investigada por suspeita de coletar dados para usar em cartas psicografadas; Entenda

A advogada e médium Maira Alexandrina Leobino Freitas Nogueira, assessora do gabinete da Secretaria Especial de Acompanhamento Governamental da Presidência da República, virou alvo de uma investigação do MP-DFT (Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios) por suspeita de estelionato, coação e crimes contra a administração pública. As informações são do Uol.

De acordo com a reportagem, Maira Rocha, como é conhecida, é dirigente Casa de Caridade Inácio Daniel, fundada em Brasília em 2018. Ela é acusada de usar cartas psicografadas por ela em eventos espíritas para manipular e explorar emocionalmente as pessoas em situação de vulnerabilidade.

Conforme a denúncia, a mulher utilizava indevidamente seu cargo no governo para obter dados pessoais das vítimas, além de coletar informações em redes sociais previamente para usar nas cartas psicografadas. 

Com mais de 230 mil inscritos no YouTube e quase 500 mil seguidores no perfil do centro liderado por ela, Maira Rocha compartilha vídeos em reuniões públicas lendo cartas atribuídas a pessoas que já morreram. Na plateia, inclusive, estão familiares.

De acordo com o relatório do MP-DFT, os textos lidos por ela seriam baseados nas informações coletadas nas redes sociais e registros públicos, e não em "mensagens espirituais".

O esquema envolve a coleta de dados como nome completo e número de telefone, o que facilita a captura deles, além da confirmação da presença via WhatsApp. Segundo denunciantes, a médium e a equipe acessavam as informações com antecedência para incluir em mensagens.

Procurada pelo Uol, a Casa de Caridade Inácio Daniel e a médium Maira Rocha disseram que desconhecem "a existência de qualquer processo de investigação relacionado aos fatos mencionados". Ainda de acordo com o comunicado, a médium "tem sido alvo de perseguição e intolerância religiosa, tendo como principal instrumento a difamação, em uma tentativa de descredibilizá-la."

A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República afirmou, por sua vez, que "jamais foi informada acerca de qualquer procedimento investigatório do Ministério Público sobre a servidora citada nem recebeu qualquer pedido de informação a respeito da conduta da mesma".

Disse ainda que Maira "não tem acesso a nenhum banco de dados do governo federal, exceto àqueles de natureza administrativa afeitas ao desempenho de suas funções profissionais".

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