A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (19), uma operação que mira um grupo de elite de militares, os chamados “kids pretos”, que planejava dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre os alvos da investigação está o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República na gestão de Jair Bolsonaro, Mário Fernandes. A informação é da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.
De acordo com a publicação, Fernandes, general da reserva que fez parte dos chamados “kids pretos”, ficou inconformado com a vitória de Lula na eleição presidencial de 2022 e tentou convencer colegas de caserna e o então comandante do Exército, Freire Gomes, a “agir”.
Depois de deixar a Secretaria-Geral da presidência da República, Fernandes assumiu o cargo de assessor no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), que foi ministro da Saúde do governo Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.
Além de Marios Fernandes, um policial federal e outros três militares (da ativa ou na reserva) também são alvos da operação. Os integrantes das Forças Armadas foram identificados como Hélio Fernandes Lima, Rafael Martins Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Já o membro da PF foi identificado como Wladmir Matos Soares.
Segundo a PF, "as investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE)”.
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