O bronzeamento artificial, prática realizada com frequência em diversas clínicas de estética e amplamente divulgada por influenciadoras em suas redes sociais, é, na verdade, uma atividade proibida em todo o país desde 2009. A Anvisa proibiu o procedimento há mais de 15 anos, apontando que ele pode gerar riscos à saúde.
A influenciadora Rayane Figliuzzi, por exemplo, recentemente apontada como o novo affair do cantor Belo, reascendeu o debate sobre o tema ao realizar uma sessão de bronzeamento artificial em dezembro de 2024. Na postagem em questão, a mulher mostra como é feita a preparação para a realização do procedimento, incluindo o uso de protetor solar rosto.
A Anvisa proíbe, através da resolução RDC nº 56/2009, o uso de câmaras de bronzeamento artificial em todo o país. Estudos relacionam o procedimento ao aumento de 75% no risco de melanoma, para aqueles que praticam a atividade antes dos 35 anos. As radiações UVA utilizadas nesses equipamentos, segundo destacam especialistas, têm o poder de penetrar profundamente na pele, causando danos cumulativos e aumentando os riscos de câncer e envelhecimento precoce.
Diante dos riscos e da proibição, determinadas clínicas se utilizam de estratégias de convencimento voltadas para uma suporta segurança dos equipamentos, que teriam a capacidade de filtrar parte das radiações ultravioleta. Mesmo com essa possibilidade, entretanto, o bronzeamento artificial segue sendo tido por dermatologistas como de alto de risco.
De acordo com dados da Academia Americana de Dermatologia, usar câmeras de bronzeamento antes dos 20 anos aumenta em 47% as chances de desenvolvimento de um câncer de pele, incluindo a sua forma mais agressiva, de melanoma.
Mesmo sendo uma proibição voltada para o bronzeamento artificial, dermatologistas alertam que qualquer tipo de exposição ao sol é perigosa e que o bronzeamento, seja natural ou realizado em máquinas, consiste na reação instintiva da pele a uma agressão e indica danos ao DNA celular.
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