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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Justiça Federal condena três pessoas por tráfico internacional de armas após Operação Dakovo

Três pessoas foram condenadas pela Justiça Federal na Bahia por envolvimento em um esquema de tráfico internacional de armas. A decisão decorre de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), com base na Operação Dakovo, realizada em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na Bahia (Gaeco-MPF/BA).

Os condenados foram sentenciados a até seis anos e nove meses de reclusão em regime fechado, além de multas que variam de 144 a 162 dias-multa e indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 50 mil cada. O MPF informou que recorrerá para ampliar as penas impostas aos réus.

Deflagrada em dezembro de 2023, a operação desvendou um esquema multimilionário que envolvia o envio de armamentos da Europa e da Turquia para facções criminosas no Brasil, como o PCC e o Comando Vermelho. A sentença reconheceu a gravidade das acusações, destacando o papel sistemático dos réus na logística e comercialização dos armamentos no mercado ilícito.

A decisão também determinou a manutenção das prisões preventivas, com base no risco que os acusados representam à ordem pública e no envolvimento direto deles no fornecimento de armas para outros grupos criminosos. A Justiça apontou a atuação transnacional da organização criminosa, que articulava importadores, intermediários e revendedores para inserir armamentos no Brasil.

Segundo as investigações, a operação revelou que uma empresa sediada no Paraguai era responsável por importar pistolas, fuzis e munições de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, utilizando números de série raspados e registros fraudulentos. Entre 2019 e 2023, o grupo teria importado cerca de 43 mil armas, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão.

A denúncia contra os três condenados foi baseada em um inquérito policial que começou após a apreensão de 25 armas croatas, munições e acessórios em Vitória da Conquista, em novembro de 2020, durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

No decorrer das investigações, foram apreendidas 659 armas em 10 estados brasileiros. A operação contou com a colaboração de órgãos internacionais, como a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas.

Além dos três já condenados, outras 27 pessoas, incluindo o líder da organização criminosa, ainda estão sendo processadas. Eles são acusados de tráfico de armas, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos no Brasil e no exterior, reforçando o caráter transnacional do esquema.

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