Um dos suspeitos de matar o policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima, de 37 anos na terça-feira (28), em Fortaleza, chegou a ser preso duas vezes no ano passado. A prisão mais recente foi em dezembro, um mês antes do assassinato, por tráfico de drogas no Pará.
Will Pessoa da Silva, de 25 anos, é apontado como um dos atiradores que atacou o policial. O suspeito também foi baleado na ação. Ele foi localizado na manhã de quarta-feira (29), em um flat no Bairro Mucuripe, na capital cearense.
Também foram presos pela morte do agente os paraenses Isaac Lucas Oliveira de Azevedo e James Heyller Gola Souza, além do amazonense Nonato Lopes dos Santos. Durante a operação, a polícia apreendeu 10 quilos de cocaína, mais de 500 munições de fuzil, entre outros objetos.
Conforme a investigação da Polícia Civil, o policial penal foi confundido pelos criminosos com um membro de uma facção rival e por isso foi atacado no momento em que realizava uma investigação.
Histórico de crimes
Will Pessoa é natural de Santarém, no Pará. Ele costumava se apresentar nas redes sociais como proprietário de uma joalheria localizada na área central da cidade natal. Porém, segundo a polícia, na verdade, ele atuava no tráfico de drogas desde 2019.
De acordo com as investigações da polícia do Pará, Will fornecia entorpecentes para comunidades da região do Eixo Forte, em especial as comunidades São Brás e a vila balneária de Alter do Chão. Ele agia com a mãe, responsável pela organização financeira do dinheiro da venda do material ilícito.
Conforme o relatório disponível no sistema do Tribunal de Justiça do Pará, em 2022, mãe e filho foram condenados a 8 anos de prisão pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico.
Alvo de operação
Em dezembro de 2024, Will foi preso durante a Operação Annuum, realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Pará, que cumpriu mandados de prisão contra o suspeito de matar o policial penal cearense e um comparsa dele, identificado como Joelton Almeida Bentes, o “Batata”.
Will foi apontado nas investigações como líder do grupo que era formado por pelo menos mais três pessoas. Já Joelton atuava como apoio logístico do esquema.
"O Will já é um traficante conhecido aqui de Santarém. Esses dois fazem parte de uma facção. Essa operação iniciou em setembro [de 2024] quando uma nacional foi apresentada com uma mala cheia de entorpecente. Os proprietários dessa droga seriam o Will e o Batata [Joelton]. A partir daí iniciamos as diligências, representamos pela prisão deles e busca e apreensão em algumas residências", disse o delegado Erik Petterson à época.
Apreensão de mais de 50 quilos de drogas
Antes disso, em abril de 2024, Will foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Goiás com João Victor Gonçalves, quando transportavam 54 kg de drogas em compartimentos de um carro.
Conforme a PRF, o veículo havia saído de Santarém e tinha como destino o município de Betim–MG.
Durante a fiscalização, os agentes encontraram com os suspeitos 51 pacotes entre maconha e skank (também conhecido como "supermaconha"). A dupla foi presa em flagrante e autuada por tráfico de drogas.
Morte de policial penal
O policial penal José Wendesom estava em um carro descaracterizado, acompanhando de outro policial penal, monitorando um suspeito.
Em determinado momento, os criminosos chegaram em outro veículo, atiraram nos agentes e fugiram em seguida.
Wendesom foi socorrido e levado para o hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. (Via: G1 CE)
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