A Polícia Federal (PF) não encontrou "elementos suficientes" para indiciar Eduardo e Michelle Bolsonaro no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022. A afirmação é do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, na última segunda-feira (27), conforme noticiou a CNN.
“Ele [Mauro Cid], ao colaborar e citar algumas pessoas, aponta alguns elementos que podem nos levar a coletar provas para responsabilzar ou não essas pessoas. No caso concreto, está lá no relatório do inquérito policial, não houve a busca de outros elementos que pudessem confirmar que essas pessoas tenham participado [da tentativa de golpe]”, disse.
“Investigamos, apuramos, não encontramos elementos suficientes para várias pessoas, não só essas duas [Eduardo e Michelle]. E, portanto, fizemos a conclusão que tinha que ser feita”, continuou.
Em delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, declarou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro faziam parte da ala mais radical no entorno do ex-presidente.
A PF indiciou entre novembro e dezembro do ano passado 40 pessoas no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no país. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, estão entre os indiciados.
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