A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste último sábado (11) Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, sob suspeita de ter chefiado o ataque a um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) que deixou ao menos dois mortos em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba.
Segundo o delegado Marcos Rogério Pereira Machado, responsável pela comunicação social da Delegacia Seccional de Taubaté (SP), Nero estava escondido no bairro Santa Tereza, em Taubaté (SP), cidade vizinha a Tremembé, e foi detido em flagrante no local.
Com ele, os policiais apreenderam uma moto provavelmente usada para cometer o crime. A investigação aponta Nero do Piseiro como o responsável por “organizar e participar da chacina”, cuja motivação estaria relacionada a uma disputa por terras no assentamento.
Natural de Petrolina, no interior de Pernambuco, Nero do Piseiro foi condenado por porte ilegal de arma de fogo em abril de 2024, recebendo uma sentença de dois anos de reclusão em regime inicial aberto, além do pagamento de multa. Em novembro do mesmo ano, porém, ele foi absolvido em segunda instância.
O suspeito permaneceu em silêncio durante o primeiro depoimento, optando por não responder às perguntas feitas pela Polícia Civil. No entanto, posteriormente, afirmou estar arrependido e, sobre a participação no crime, disse que “foi chamado para ir lá”.
Pai de sete filhos, com idades entre 2 meses e 26 anos, Nero informou à polícia que possui o ensino médio incompleto, mora em uma habitação coletiva em um bairro rural de Tremembé e trabalha como autônomo, com uma renda mensal de R$ 2.000.
O suspeito, conhecido entre os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, acumula um histórico de intimidações contra os assentados, de acordo com relatos obtidos pelo Estadão.
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