Uma prática denominada de chemsex tem crescido no Brasil e desafiado autoridades. Conhecido como sexo químico, o ato consiste em combinar o uso de drogas sintéticas e sexo prolongado. Apenas nos últimos seis meses, foram apreendidos pela polícia cerca de 2,5 kg de metanfetamina para a prática.
A informação foi divulgada pelo UOL. De acordo com a publicação, o chemsex vem ganhando espaço, principalmente entre homens que fazem sexo com homens, héteros e bissexuais, adeptos da "suruba" e também clientes de garotos e garotas de programa.
Entre as substâncias utilizadas pelos praticantes, estariam metanfetamina, GHB, cetamina e poppers. O consumo teria o intuito de intensificar sensações e prolongar a duração do ato sexual, mas carrega riscos graves à saúde mental e física.
Ainda de acordo com a publicação, as drogas provocam efeitos como aumento do prazer, relaxamento muscular e alterações de consciência. O psiquiatra Pedro Choser explicou que o sexo químico pode estar relacionado a um desejo de pertencimento e uma forma de lidar com estados emocionais adversos.
Delegado especializado em inteligência policial e segurança pública, Alessandro Santos Pereira, explicou que as drogas conseguem chegar ao país através de portos e aeroportos, solicitadas pela internet. As chamadas 'biqueira digital' é um termo apropriado, pois muitas dessas drogas são comercializadas em sites da darknet, redes sociais e aplicativos de mensagens.
Por fim, a comercialização das drogas está rodeada de gírias e apelidos para disfarçar a prática e o consumo. Entre os mais tradicionais, está o "raio" utilizado para descrever a cocaína, a gota para o GHB e o cogumelo, que se refere aos alucinógenos, como cogumelos psicodélicos.
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