Uma mulher foi presa no Pará, no último sábado (22), suspeita de gravar vídeos torturando e matando animais. De acordo com a Polícia Federal (PF), o conteúdo, que incluía material com conotação sexual, seria vendido a estrangeiros em plataformas.
A prisão fez parte da Operação Bestia, que tem como foco desarticular um esquema criminoso responsável por produzir, comercializar e compartilhar vídeos de extrema violência envolvendo maus-tratos, tortura e morte de animais. Apuração foi iniciada após o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal fazer uma denúncia às autoridades brasileiras a partir de um caso registrado por uma ONG de proteção animal da Bulgária.
As investigações apontaram para a existência de uma rede internacional estruturada, que operava em plataformas de troca de mensagens e reunia participantes de diversos países. O conteúdo criminoso era produzido de forma sistemática, com fins financeiros e sexuais.
Os vídeos, gravados no Brasil, eram comercializados na deep e dark web. Entre os animais agredidos estavam coelhos, gatos, pintinhos, porquinhos-da-índia e codornas. Ao menos 32 animais foram mortos.
Além do mandado de prisão preventiva, foram cumpridos dois de busca e apreensão contra os principais investigados. Durante a prisão da mulher, não foram encontrados animais no local.
