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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Raquel e João: o que explica a diferença nas pesquisas de intenção de voto?

Prestes a encerrar o terceiro ano de gestão, a governadora Raquel Lyra (PSD) continua pontuando baixo nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2026. Na mais recente, do Instituto Alfa Inteligência, em parceria com a CNN Brasil, divulgada na última quarta-feira (26), Raquel aparece com 24% das intenções, enquanto o prefeito do Recife, João Campos (PSB), figura com 50%.

Este blog ouviu quatro cientistas políticos para entender onde está o nó que atrapalha Raquel, faltando menos de um ano para a disputa. De forma geral, todos ressaltaram que pesquisa é sempre um retrato do momento. “A um ano da eleição, a intenção de voto é uma fotografia ainda temporária, não cristalizada”, observou a doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Priscila Lapa.

Na opinião da doutora, há dois fatores principais que explicam a diferença de pontos entre João Campos e Raquel, neste momento: a popularidade digital, terreno no qual, segundo Priscila, João já foi soberano, mas já é possível perceber um aumento no engajamento da governadora.

O segundo é a falta de clareza sobre as principais entregas do Governo do Estado até aqui. “É como se João tivesse vantagem competitiva nesses dois fatores, apesar de a governadora ainda ter tempo e elementos capazes de mantê-la no páreo”, observou Priscila Lapa.

Ela aponta o caminho para Raquel melhorar as intenções de voto: “é possível que, com um cronograma de entregas de ações já iniciadas ao longo de 2026; ajustes na estratégia de comunicação, especialmente digital, e ajustes na estratégia de relacionamento político, a disputa se reverta mais favorável à governadora”, completou Lapa.

O economista e analista político Maurício Romão destacou que a governadora está diante de um adversário “de alta potencialidade eleitoral” e explicou os motivos para tal. Segundo ele, João “tem uma gestão muito bem avaliada pelos recifenses, é um rapaz jovem, antenado com a digitalidade, com os novos tempos, histórico familiar expressivo e méritos de gestão”.

Esse quadro, porém, na opinião de Maurício Romão, não significa que o processo esteja definido. Longe disso. “Se você olhar a pergunta espontânea, há um grande contingente do eleitorado que ainda não se inseriu no processo. Mais da metade da população não está acompanhando o momento político”, comentou.

Romão lembrou, ainda, que os números mostram avaliação positiva da gestão de Raquel. “Aprovação e avaliação de governo são elementos fundamentais na decisão de voto”, destacou.

Percepção dos eleitores – Já o doutorando em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), cientista político e jornalista, Alex Ribeiro, aponta dois fatores para a diferença entre Raquel e João nas pesquisas: o prefeito do Recife mantém significativo capital político e simbólico; o segundo é que a gestão estadual ainda não conseguiu transformar suas ações em percepção positiva entre os eleitores. (Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog Magno Martins)

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