O Programa Estadual de Apoio ao
Desenvolvimento Rural Sustentável (ProRural) começou na semana passada, em
parceria com a Embrapa e prefeituras do Sertão de Itaparica, um censo aquícola
na região. O objetivo é fazer um diagnóstico da piscicultura nas cidades de
Petrolândia, Jatobá, Floresta, Itacuruba e Belém do São Francisco, para ter
números exatos sobre a produção de tilápias nesses municípios e, assim, poder
traçar políticas públicas para o setor que hoje é responsável por grande parte
do pescado que vai para a mesa dos brasileiros.
Segundo dados não oficiais, os municípios de Jatobá e
Petrolândia detêm, respectivamente, o 2º e 3ª lugares como maiores produtores
do peixe no Brasil. No entanto, como informa o coordenador do ProRural na
região, Kleyton Lima, o levantamento correto dos números dará condições para o
setor buscar novos investimentos e mais negócios. “Iremos consolidar os dados sobre produção, produtividade,
rentabilidade e beneficiários, entre outros”.
Os envolvidos no trabalho esperam que no prazo de um mês já
se tenha a primeira estatística real sobre a piscicultura. Juntos, os técnicos
visitarão os 15 projetos apoiados pelo ProRural e outras dez associações
apoiadas pela Diocese do território, além de conhecer a produção da empresa
Netuno e dos produtores individuais do Lago de Itaparica.
Os números atuais dão conta de que, apenas nos 15 projetos já
apoiados pelo ProRural, através da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária,
por meio do acordo de empréstimo entre o Estado e o Banco Mundial, um
investimento de aproximadamente R$ 2 milhões, são produzidas 180 toneladas de
peixe por ano. No entanto, a produção pode ainda crescer muito, pois cada grupo
tem licença ambiental para a produção de 20 toneladas por mês, totalizando uma
capacidade total de produção de mais de 3.600 toneladas/ano em apenas 15
associações.
Censo agropecuário: Além de gerar informações para a elaboração de políticas
públicas para o setor na região, o estudo realizado irá subsidiar o 10º Censo
Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que
terá início no próximo mês de outubro de 2017. Todas as informações levantadas
por cada prefeitura serão também repassadas para o Instituto durante as visitas
do órgão aos estabelecimentos agropecuários de todo o País. O IBGE também
levantará informações sobre a área, a produção, as características do pessoal
ocupado, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, entre outros
temas.
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