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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Com crise política em Brasília, candidatos fazem caravanas pelo País


Brasília está passando por crise política e com muitas incertezas com relação às reformas, mas os presidenciáveis não se sentem impedidos de começar suas pré-campanhas pelo Brasil. No ranking de andanças, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), despontam na frente, informa o Estadão.

Doria, que tenta se firmar como antagonista do PT, vai passar por 9 cidades em 8 Estados em quatro semanas. Quando questionado sobre a razão dos deslocamentos, o prefeito costuma dizer que São Paulo “é uma cidade brasileira” e que todos os custos são pagos por ele, que viaja em seu próprio avião.

Só entre junho e agosto, o tucano recebeu 37 convites para eventos fora do Estado. Disse ter aceitado os que mais se conectavam com sua estratégia. As viagens selecionadas para agosto indicam uma tentativa de ganhar terreno no Nordeste, reduto histórico petista. Recentemente o tucano esteve em Salvador para receber um título na Câmara e tomou uma ovada na saída, ao lado do prefeito ACM Neto.

Ao mesmo tempo em que procura ampliar a influência no PSDB, o prefeito consolida pontes com o aliado DEM, que, como o PMDB, já deixou as “portas abertas” para recebê-lo. Aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB), padrinho político de Doria, dizem que ficaram “perplexos” com a movimentação do prefeito em campo aberto. Alckmin reagiu e também colocou o pé na estrada.

Mesmo ameaçado de ser impedido de concorrer caso seja condenado em segunda instância no caso do triplex do Guarujá (SP), Lula vai percorrer, em 18 dias, 25 cidades em 9 Estados com um discurso com críticas às reformas do governo Michel Temer, contra o que chama de “golpe” e em defesa de uma agenda que remonta às origens do PT. 

Condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão, o petista recorre à estratégia das caravanas, usada pela primeira vez em 1993 e repetida em 2001, tanto para fazer sua defesa quanto para amarrar alianças, capitalizar as realizações de seus governos e apresentar propostas para a campanha de 2018.

Aliados consideram que “passou da hora” de a ex-ministra Marina Silva (Rede) ter uma “agenda presidenciável” e colocar a campanha na rua. Mesmo na Rede está claro que é impossível contar apenas com o recall da eleição de 2014 e que o tempo será decisivo para as pretensões do partido.

Já o deputado Jair Bolsonaro (PSC-SP) “queimou a largada”. No primeiro trimestre, esteve em Minas, Paraíba e São Paulo. Na ocasião, foi acusado de usar a cota parlamentar para custear viagens de caráter eleitoral, o que foi negado pela assessoria do parlamentar. Agora, Bolsonaro parece concentrado em escolher com qual partido “vai se casar”. Semana passada, frustrou o PEN (futuro Patriota) ao dizer que “ainda está noivo” do partido. Mesmo assim, a legenda está otimista. 

Blog: O Povo com a Notícia