Com o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) a que industrias do Nordeste possam comprar energia mais barata direto da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto (PTB), acredita na possibilidade de que parte das unidades eletrointensivas (que consomem muita energia) instaladas na região pode produzir o seu próprio consumo.
“Vamos também trabalhar na ideia de que algumas dessas unidades podem ser e se transformar em auto-produtoras de energia em um prazo mais longo. Desde que renovado o horizonte de benefícios em relação a esse diferencial de preço”, propõe o ministro.
Até junho, as indústrias eletrointensivas instaladas em Pernambuco, Bahia e Alagoas ainda podem comprar energia direto da Chesf, pagando R$ 110 por megawatt-hora. O Congresso queria renovar o acordo até 2042, mas a medida foi vetada por Dilma.
Sem o benefício, as empresas podem pagar até três vezes mais. A lista de unidades industriais que recebia a benesse inclui empresas do porte de Vale, Gerdau e Braskem.
Após o veto, Armando se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM) para intermediar em favor das indústrias.
“Ficou um compromisso muito claro de oferecer a essas empresas, mesmo sem a renovação do regime anterior, uma condição que torne as operações dessas empresas competitivas na região”, garantiu. (Blog do Jamildo)
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