Uma
jovem de 25 anos, que estava grávida de 41 semanas perdeu o bebê que esperava,
nesta última segunda-feira, dia (02), no Hospital Dom Malan (HDM), em Petrolina, no Sertão
de Pernambuco. A família suspeita que o problema ocorreu na demora para
realizar o parto, marcado para o último sábado (31). De acordo com o pai da
criança, o auxiliar administrativo Kleber Roberto, a gestação da esposa foi
tranquila e todos os exames feitos durante o pré-natal mostraram que a criança
era saudável e não apresentava nenhum problema. Na última semana, a gestante
esteve no HDM por duas vezes e ficou marcado para que ela retornasse a unidade
no sábado (31), para não passar o período de mais de 41 semanas. “Ela deu entrada no sábado logo cedo, às 06h00, mas passou todo o sábado, o
domingo e não foi atendida. Segundo a instituição IMIP disse que o atendimento
não foi feito porque não tinha leito e a criança veio a falecer nesta
segunda-feira. Não dá para entender porque a instituição não prestou os devidos
cuidados, porque a gestação dela foi normal. As duas estavam com a saúde
normal, perfeita para fazer todos os procedimentos. Infelizmente pela
negligência do hospital ocorreu esse fato”, relata.
Inicialmente, a explicação dada pelos médicos era de que a gestação não poderia
passar de 41 semanas e por isso houve a indicação para parto cesário. “Ela chegou aqui com dores e com três centímetros de dilatação e fomos
informados que o parto deveria ser induzido. Ela passou pela triagem mas
disseram que estava superlotado. Ela ficou todo tempo no corredor. A noite ela
dormiu em um banco de cimento, porque não tinha leito. No domingo foi a mesma
situação”, explica Kleber. O auxiliar administrativo informou que a
esposa só foi encaminhada para a sala de parto nesta segunda, quando exames
comprovaram que a criança já estava morta. “Fizeram dois
exames para verificar os batimentos cardíacos e uma ultrassom, depois que viram
que não tinha mais os batimentos. Só hoje, depois do falecimento é que eles
induziram o parto e fizeram todos os procedimentos”, comenta. Ainda
em choque com a notícia, o pai da criança lamentou a assistência prestada pelo
Hospital Dom Malan. “Até esse período o pronunciamento dos médicos é de problemas
na instituição, que está cheio. Até agora não tivemos uma informação clara do
que ocorreu. O suporte que estamos tendo é dos meios de comunicação que vieram
ver o que estava acontecendo, da instituição nenhuma”. Em nota, o
Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) ressaltou que a situação
do HDM é crítica e vive um período de transição na contratação de profissionais
para completar a escala de plantão. Diante da situação o Cremepe está cobrando
a recomposição das escalas médicas e a adequação do serviço. Também através de
nota, a direção do Hospital Dom Malan informou que foi aberta uma sindicância
interna para apurar o caso da paciente e que em 10 dias o processo deverá ser
concluído. (G1 Petrolina)
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