O Itamaraty entregou neste domingo (26) ao governo indonésio nota em que classifica de "inaceitável" a possibilidade de que Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, seja executado na Indonésia e, ao mesmo tempo, apela para que o fuzilamento iminente do brasileiro seja cancelado e que ele seja internado em hospital psiquiátrico.
A nota afirma ainda que o governo da Indonésia se recusa a reconhecer, a despeito do "bom senso e de normas básicas de proteção aos direitos humanos", que Gularte é doente - dois laudos constataram que ele sofre de esquizofrenia paranoide. A Procuradoria-Geral, órgão responsável pelas execuções, fez uma terceira avaliação no brasileiro, mas o resultado jamais foi divulgado.
O documento foi entregue ao encarregado de negócios da Embaixada da Indonésia em Brasília e, nesta segunda (27), uma cópia será levada ao Ministério das Relações Exteriores indonésio, em Jacarta (capital do país). Nele, o Brasil diz respeitar a soberania da Indonésia, mas sustenta que a pena de morte não é "eficaz para enfrentar o narcotráfico". (Folha de S.Paulo – Ricardo Gallo)
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