O ex-diretor da área Internacional
da Petrobras Nestor Cerveró, réu condenado em ações penais da Lava Jato, vai
deixar a prisão nesta semana. Preso desde janeiro de 2015, Cerveró firmou
acordo de delação premiada e deve passar a cumprir pena em prisão domiciliar a
partir de sexta-feira (24).
Ele vai colocar uma
tornozeleira eletrônica na quinta-feira (23) e, na sexta, será escoltado em voo
comercial até o Rio de Janeiro. Na capital carioca, ele será recebido por uma
equipe de policias federais que o levarão até Itaipava, no Rio de Janeiro, onde
fica a casa em que vai cumprir a pena.
Ao assumir envolvimento no
esquema de corrupção na Petrobras, o ex-diretor se comprometeu a devolver aos
cofres públicos cerca de R$ 18 milhões. A delação de Cerveró foi homologada
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no final do ano passado, depois de
descoberta uma tentativa de evitar que ele colaborasse com as investigações.
As negociações tiveram a
participação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que teve uma conversa
gravada pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, no início de novembro
do ano passado. Além de Delcídio, também estavam presentes na reunião, num
quarto do hotel Royal Tulip, em Brasília, o então advogado do ex-diretor, Edson
Ribeiro, e o chefe de gabinete do ex-senador, Diogo Ferreira.
Os três e o banqueiro André
Esteves foram presos algumas semanas depois, em 25 de novembro. Depois das
prisões, o escritório Beno Brandão Advogados Associados, de Curitiba, que já
acompanhava Cerveró, assumiu a titularidade da defesa e fechou a delação
premiada. Pelo acordo, Cerveró poderá ser condenado a uma pena máxima de 25
anos de reclusão. Os processos contra ele no âmbito da Lava Jato devem ser
suspensos depois de atingido esse limite. Cerveró ficará três anos em prisão
domiciliar, o primeiro ano e meio em regime fechado e o restante, em
semiaberto, podendo sair durante o dia e sendo obrigado a retornar à noite. (Via: Paraná Portal)
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