A causa da morte de Paulo César
de Barros Morato foi envenenamento. A informação foi apurada pela reportagem da
Folha de Pernambuco, na tarde desta quinta-feira (30). Com o resultado, a
polícia ficará responsável em apurar se o empresário se envenenou ou foi
envenenado.
O
corpo de Morato já está liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), que aguarda
a família dele. Segundo nossas fontes, a causa da morte que aparece no laudo é
"intoxicação exógena".
Morato
é considerado o “testa de ferro” da organização criminosa suspeita de levar
dinheiro para as campanhas do ex-governador Eduardo Campos e foi encontrado
morto no dia 22 de junho, no Motel Tititi, em Olinda, Região Metropolitana do
Recife.
O
empresário estava foragido desde a última terça-feira (21), quando a PF cumpriu
62 mandados judiciais e prendeu quatro pessoas, no âmbito da Operação
Turbulência. Durante a estadia no motel, Morato chegou a pedir somente uma
água.
Ele
teria chegado por volta do meio-dia, da terça (21), sozinho em um Jeep
Renagade. Na quarta (22), funcionários do estabelecimento decidiram abrir o
quarto com a chave-mestra, já que o empresário não renovou a diária. O corpo
foi encontrado em cima da cama, sem sinais de violência, sangue ou arma.
No
quarto onde Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado, a Polícia Civil
recolheu cartelas de remédios em uso, três aparelhos celulares - iPhone 5,
iPhone 6 e um da marca Blue -, vários óculos de grau e sol, três carteiras de
couro marrom, três cheques em branco - dois do Banco do Brasil e um do Bradesco
-, além de 53 envelopes vazios para depósito do Banco do Brasil, R$ 3 mil em
espécia, R$ 4,95 em moedas, sete pendrives e um boneco do Homem-Aranha.
Perícia: Na
quinta-feira (23), a Polícia Civil suspendeu a perícia no quarto do motel onde
Morato foi encontrado. Os papiloscopistas chegaram ao motel às 10h52, mas nem
pisaram na cena do crime. Partiram poucos minutos depois, ao receber um
telefonema da chefia da Divisão de Crimes da Polícia Civil, orientando que não
fizessem a perícia. Nenhuma outra explicação foi dada. O advogado do motel,
Higínio Marinsalta, chegou a informar que o estabelecimento aguardava
instruções da Polícia.
A
falta de perícia no quarto onde o empresário foi achado levou o Sindicato dos
Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) e a Associação dos Peritos de
Pernambuco (Asppape) a protocolar um pedido de informações na Secretaria de
Defesa Social (SDS) a respeito dos procedimentos tomados no caso da morte de
Paulo César Morato, na segunda-feira (27). As entidades explicaram que a
delegada Gleide Ângelo solicitou a realização do exame quando o corpo foi
encontrado, na noite da quarta (22), mas os papiloscopistas não conseguiram
iniciar o procedimento.
A
informação contradiz a declaração da gerente geral de Polícia Científica,
Sandra Santos. Durante coletiva de imprensa ainda na quinta-feira (23), ela
chegou a dizer que o procedimento foi feito. (Via: Folha PE)
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