O principal plano do fundo de pensão Petros, dos empregados da
Petrobras, fechou 2015 com deficit de R$ 22,6 bilhões. A companhia e os
aposentados terão que pagar contribuição adicional para cobrir o rombo.
Conselheiros independentes da fundação ameaçam ir à Justiça contestar a
gestão da empresa por não cobrar da Petrobras dívidas que amenizariam o rombo.
As últimas gestões são acusadas, sob influência política, aprovar
investimentos em empresas que estão hoje em dificuldades, como a Sete Brasil e
a fabricante de equipamentos Lupatech.
O rombo de R$ 22,6 bilhões é do Plano Petros do Sistema Petrobras
(PPSP), o mais antigo, com 76.000 participantes. Outros dois planos
administrados pela entidade também tiveram deficit: Plano Petros Lanxess (R$
120 milhões) e o Plano Petros Ultrafértil (R$ 435 milhões).
Na semana passada, a fundação confirmou aos participantes do PPSP que
eles terão que contribuir para cobrir o rombo, em processo conhecido como
equacionamento.
A contribuição é feita como desconto de benefícios, no caso dos
aposentados, ou cobrança de taxa extra, para empregados na ativa.
Os percentuais serão definidos em acordo entre a fundação, os
participantes e a Petrobras, após a aprovação das contas.
Segundo a Petrobras, eles terão que arrecadar R$ 16,1 bilhões. A empresa
e os trabalhadores dividem o valor meio a meio. (Via: Folhapress)
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