Medo,
medo, eu não tenho não, mas fico com as pernas tremendo quando um morcego chega
perto de mim”, diz, com a voz fraca, o jovem Marciano Menezes da Silva, hoje
com 23 anos. Morador do município de Floresta, no Sertão de Pernambuco, 437 km
distante da capital do Estado, Recife, Marciano vai celebrar, em 18
de setembro, oito anos de um marco na medicina mundial. Quando tinha apenas 16
anos o rapaz se tornou o primeiro brasileiro a sobreviver à raiva humana, uma
doença tida como 100% fatal. Mesmo com os avanços na medicina, o jovem é apenas
um dos únicos três casos do mundo de pessoas que foram curadas do vírus.
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