Nas negociações do acordo de delação premiada, executivos da construtora
Odebrecht, entre eles o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, apontaram
mais de cem deputados, senadores e ministros, entre outros políticos, como
beneficiários diretos de desvios de dinheiro público, ou como recebedores de
outras vantagens, como repasses de verba para suas campanhas, por exemplo. As
informações foram divulgadas pelo jornal O Globo. Os depoimentos dos executivos
da Odebrechet estão previstos para começar nesta sexta-feira (29).
Segundo a publicação, entre os citados há pelo menos dez governadores e
ex-governadores. O jornal afirma que compõem a lista os governadores do Rio,
Luiz Fernando Pezão (PMDB); de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); e de Minas
Gerais, Fernando Pimentel (PT). O jornal ressalta ainda que não estão claras
ainda as circunstâncias em que cada um dos governadores aparece no roteiro das
delações. Na lista também constam vários ex-governadores, entre eles Sérgio
Cabral (PMDB-RJ).
Maior empreiteira do país, a Odebrecht tem obras e contratos com a
administração pública dos três Poderes, e em praticamente todos os estados do
país. Só no ano passado, a empresa faturou mais de R$ 130 bilhões com negócios
no Brasil e no exterior.
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