O ministro da Saúde, Ricardo Barros, informou nesta terça-feira (20) que
a bolsa dos profissionais que atuam no Programa Mais Médicos será reajustada em
9% a partir do ano que vem e que o convênio de cooperação com a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas), que garante a atuação de médicos cubanos no
país, foi renovado por mais três anos.
A meta do governo é fortalecer a participação de médicos brasileiros e
gradualmente substituir os profissionais cubanos que completam três anos de
trabalho no país. A previsão é que, entre dezembro de 2016 e abril de 2017,
cerca de duas mil vagas de cooperados sejam oferecidas em editais a
brasileiros. A meta é, em três anos, substituir quatro mil cubanos à medida que
os profissionais brasileiros se interessem pelas vagas.
“Há, de fato, uma grande aprovação das ações do Mais Médicos, sempre
reconhecendo a qualidade do trabalho dos profissionais cubanos. A implantação
de novos cursos de medicina produzirá profissionais a mais para que a oferta de
brasileiros no mercado possa suprir a demanda que colocamos nos editais.
Precisamos que haja uma disponibilização de profissionais brasileiros para
realmente ocupar as vagas”, disse Barros, explicando que, enquanto isso não
acontece, o convênio com a Opas e Cuba continuará suprindo a demanda.
Hoje, o Mais Médicos tem 18.240 vagas na Atenção Básica de saúde em
4.058 municípios e 34 distritos indígenas. Os profissionais que preenchem essas
vagas são 11.429 cooperados cubanos (62,6%), 5.274 brasileiros formados no
Brasil (29%) e 1.537 estrangeiros e brasileiros formados no exterior (8,4%). O
programa chega a 72,8% dos municípios brasileiros e beneficia 63 milhões de
pessoas.
A lei que prorroga o programa por três anos foi sancionada pelo
presidente Michel Temer no último dia 12. Com o texto, profissionais intercambistas
estrangeiros e brasileiros formados no exterior que participam do Mais Médicos
continuarão dispensados da validação dos diplomas de medicina para atuar no
país. (Via: Agência Brasil)
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