A Bancada de Oposição na
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) recebeu, nesta quinta-feira (09),
as associações de policiais e bombeiros militares para discutir o Projeto de
Lei Complementar 1166/2017, na tentativa de construir uma alternativa para o
entendimento entre a categoria e o Governo do Estado. A ideia, segundo os
parlamentares da bancada, é tentar convencer a Base governista e o próprio
Governo a retirar o caráter de urgência do projeto.
Segundo o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada
de Oposição, como os efeitos financeiros do projeto só serão efetivos na folha
de abril, paga em maio, há tempo para promover o bom debate sobre o projeto e
construir uma proposta alternativa. “Nossa preocupação é que essa proposta seja
aprovada na marra, na base do rolo compressor, e a tensão com a categoria e a
operação padrão continuem, penalizando a todos. Governo, deputados, categoria e
toda a sociedade. Nossa prioridade é construir uma saída para devolver aos
pernambucanos o clima de segurança nas ruas”, explicou o deputado Silvio Costa
Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição.
Aos parlamentares, as associações classificaram a proposta
como a pior já apresentada à categoria. Segundo os representantes da categoria,
o Governo está promovendo um verdadeiro jogo de números, que tenta confundir
aos deputados e a toda a sociedade. Estiveram presentes ao encontro, a
Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Associação de Militares do
Estado de Pernambuco (AME-PE) e Associação de Praças Policiais, Bombeiros
Militares de Pernambuco (Aspra-PE) e Clube dos Oficiais da
Polícia e Bombeiros Militares de Pernambuco (COPE).
Segundo o deputado Joel da Harpa (PTN), vice-líder da
Oposição, parte do que é apresentado como reajuste já faz parte da remuneração
da categoria, só que em forma de gratificação. “Na verdade eles estão
incorporando a gratificação ao soldo, mas são valores que já são pagos hoje, o
que reduz sensivelmente o que o Governo afirma ser o reajuste proposto aos
militares”, explicou.
Edilson Silva (PSOL), também presente ao encontro, reforçou a
necessidade de diálogo com a categoria e de maior debate sobre o projeto de
lei. “Precisamos de um levantamento do real impacto financeiro dessa proposta
para poder apresentar alguma alternativa”, defendeu.
Ao final do encontro, que também teve a participação dos
deputados Augusto César (PTB), Paulinho Tomé (PT), Socorro Pimentel (PSL) e
Teresa Leitão (PT), a categoria ficou de encaminhar à Bancada de Oposição um
estudo sobre o real impacto financeiro da proposta do Governo, para subsidiar o
debate na Assembleia Legislativa.
Blog: O Povo com a Notícia